Marcos Moraes no Pornolândia

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Marcos Moraes, um fetichista que adora chutes no saco. No episódio 8 da quinta temporada de Pornolândia eles conversam sobre como a infância contribuiu para seus gostos eróticos, masoquismo e as formas de chutar o saco para dar ainda mais prazer. Uma conversa reveladora que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay .

Nicole Puzzi e Marcos Moraes no programa Pornolândia

Nicole Puzzi: Ele produz os filmes de fetiche mais malucos que você vai ver na sua vida. Marcos Moraes adora chute no saco, hipnose erótica e mulheres humilhando homens. E depois desse papo divertido e revelador, vamos ficar com a xgirl fetichista e audaciosa.

Relação com as mulheres

Marcos Moraes, como foi a sua relação com as mulheres na sua infância e adolescência?

Marcos Moraes: Ah, basicamente eu apanhava de muitas. Aí, na adolescência eu passei a erotizar todo o trauma que eu passei na infância.

NP: Mas por que você apanhava das mulheres? Quais eram as mulheres que te batiam?

Marcos Moraes: Normalmente eram mulheres grandes e loucas.

NP: Que interessante isso. E como surgiu a ideia de ganhar dinheiro com as suas preferências sexuais?

MM: Então, o meu objetivo, quando eu comecei, era apenas de gravar as sessões de sadomasoquismo que eu fazia na minha vida particular e as comercializar. Só para ter algum retorno e reduzir o prejuízo financeiro que eu estava tendo na época. Eu estava gastando boa parte do meu salário fazendo essas sessões. Eu não esperava, mas começou a fazer sucesso esse tipo de filme. Aí ali eu vi uma oportunidade de ganhar dinheiro e fazer disso uma profissão.

Torturas

NP: E quais eram as práticas?

MM: Todos os tipos de tortura genital.

NP: Tortura lá? Lá…?

MM: Sim.

NP: Na frente, atrás…?

MM: Só no saco e pau.

O tesão do chute no saco

NP: Agora eu quero que você me explique, vamos dizer assim, qual o tesão de levar chute no saco?

MM: o masoquismo é difícil de explicar para quem não é masoquista, né, porque a dor traz prazer. É uma coisa inexplicável. Deve ser alguma coisa no cérebro que transforma a dor em prazer. E tem também o componente da troca do papel, né, porque nós homens somos mais fortes do que as mulheres.

NP: É, basicamente são…

MM: Então, no momento em que a gente toma um chute no saco, a coisa inverte totalmente. A gente fica vulnerável nessa hora. É uma troca de papel ali, você fica… você se torna o “sexo frágil”.

Nicole Puzzi pisando em um homem

E dá para gozar?

NP: Você chega a ter orgasmo com isso?

MM: Eu não consigo. Eu só apanhando não consigo, mas alguns amigos meus conseguem chegar ao orgasmo só apanhando.

Como dar um belo chute

NP: Quais são as maneiras de chutar? Chuta pela frente, por trás, como é que é?

MM: Ó, pois é. A gente tem um cuidado de fazer o chute de maneira que reduza a chance de dar lesão. Então, a gente evita bater com as partes ossudas do corpo. Evita a rótula do joelho, evita a canela, evita o bico de salto, punho. Então tem que ser um chute com pezinho de bailarina, joelhada com essa parte mais em cima do joelho, tem chute por trás também, soco, tapa, apertão.

NP: E tem mulher que gosta de fazer isso? Que gosta de chutar?

MM: Tem, tem. Tem mulher que chega a ter orgasmo batendo em um homem.

Nicole Puzzi de calça vermelha estilo vinil, blisa preta em um angulo de baixo para cima

Histórias bizarras

NP: Eu não estou preparada pra essas coisas, você me desculpe. Eu estou aqui bastante chocada. Qual a história mais louca que aconteceu com você nessas sessões de chute no saco?

MM: Pois é, a história mais louca que aconteceu foi de um fã, que era do nordeste, ele sempre elogiava a gente, mas sempre com uma ressalva: “vocês deveriam parar de fingir, porque o cara grita demais e eu duvido que seja tão dolorido assim”. Então a gente fez um convite pra ele: “então por que você não vem gravar um vídeo?”. Então ele falou “não, então eu vou aí”. E ele veio. Aí na primeira cena que ele fez, ele tomou uma joelhada no saco e na hora o saco dele já começou a crescer de volume assim. Em poucos minutos já estava desse tamanho assim e roxo.

Aí a gente teve que interromper a gravação pra levar ele pro hospital. Aí chegou lá no hospital a gente não sabia a desculpa que ia dar para o médico “pô, o que a gente vai falar?”. Era um hospital que quando a gente chegava tinha que falar pra recepcionista o problema que tava dando, tava um fila enorme lá… aí o cara “eu tô com problema no meu testículo” “O que?” “TESTÍCULO. Tomei um chute no saco.”. E foi constrangedor demais assim e a gente achou até que ele ia precisar de cirurgia.

NP: É? E vocês falaram que ele fez uma sessão de chute no saco ou inventaram alguma desculpa?

MM: A gente inventou que a gente tava em uma festa e que ele pegou na bunda de uma menina e ela deu uma joelhada no saco dele.

NP: Bom, é plausível, né? E ele nunca mais quis experimentar?

MM: Nunca mais.

As fases de Marcos Moraes

NP: Você mudou de um pornô de fetiches, que é para um público mais específico, para um pornô mais popular. Fala um pouco dessa sua fase menos, como é que eu vou dizer… extrema.

MM: O pornô fetichista é muito difícil de fazer para os dois públicos, né, porque, se você faz fetichista demais, o público baunilha não gosta. Se fizer baunilha demais, o público fetichista também não gosta. Então eu decidi separar os dois tipos de filmes. Eu vou fazer os filmes fetichistas mais pesados e também vou fazer os filmes baunilhas mesmo, mais convencionais, agradar o público dessa forma.

NP: Agora você está produzindo filmes para o Sexy Hot.

MM: É.

NP: Você encontrou alguma dificuldade? Porque você saiu de produções mais simples direto para o Sexy Hot. Sentiu alguma dificuldade nessa transição?

MM: Pois é, a gente tem uma certa dificuldade com a linguagem, que é mais cinematográfica, né. O tipo de sexo também é diferente. É um tipo de sexo mais light, mais romântico, mais amorzinho. Então precisou de uma adaptação aí, né. Eu precisei fazer algumas alianças que tem know how de cinema, pra fazer um filme mais do jeito que eles querem, né.

Filmes de fetiche

NP: E esses filmes que você faz, só tem chute no saco ou envolve outras coisas?

MM: Tem o filme de fetiche que é só chute no saco e tem outros tipos de fetiches também.

NP: Quais?

MM: Olha, eu tenho um site curioso, que é o site da hipnose erótica. Que é o fetiche da hipnose. Tem o fetiche da inversão, que é a mulher penetrando o homem com consolo, com mão.

NP: Com mão? Tá…

MM: Com garrafa de água…

NP: Garrafa? É, não pode enfiar tudo senão não sai, né?

MM: Às vezes o cu tá com sede, tem que beber água.

Encontre Marcos Moraes

NP: Nossa, você é hard mesmo hein. Bem hard mesmo. Legal, você se assume, é tua vida. E eu queria que você falasse como as pessoas podem te encontrar nas redes sociais.

MM: Olha, elas podem acessar o meu site kebranozes.com e também o meu site pornô que é o ubersexo.com.

NP: Olha, foi muito bom receber você aqui. Eu gostei de falar contigo porque você é muito autêntico.

MM: Foi um prazer.

NP: Gostei, viu. Mas esse tipo de prazer eu não vou conseguir te dar. Ou vou… Eu vou ser obrigada a… O diretor quer que eu chute o saco. Que vocês acham, hein? Vou chutar ou não vou chutar? E agora nós vamos para a nossa xgirl. Sem chute.

A nossa Xgirl

Xgirl Nat Peterson, morena estilo pin-up

E o programa terminou com a maravilhosa xgirl Nat Peterson, uma morena estilo pin-up, que ficou nua em um ensaio sensual com estilo Moulin Rouge que vai te levar para outros tempos…