Toshi San no Pornolândia

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Toshi San, mestre shibarista. No episódio 11 da primeira temporada de Pornolândia eles conversam sobre o shibari, sobre técnicas de amarração e sobre o prazer envolvido nessa prática. Uma conversa fetichista que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Toshi San ao lado de Jéssica, sua namorada, que está amarrada

Nicole Puzzi: Hoje nós vamos conversar com um mestre, mestre mesmo. Um mestre shibarista. Você sabe o que é shibari? Porque, eu não sabia! Eu confesso que é a minha primeira vez, vou aprender junto com vocês. Eu só sei que shibari é a arte de amarrar as pessoas. É uma arte muito sexy por sinal. Ui, ficar amarradinha, que delícia! Mas, antes, para vocês irem entrando no clima do shibari, vocês vão ver uma Xgirl maravilhosa.

A nossa Xgirl

Xgirl Ray Mattos

E o programa começou com a maravilhosa Xgirl Ray Mattos, uma ninfeta morena e suculenta que fez seu primeiro ensaio sensual aqui para a Xplastic.

O que é shibari?

NP: Toshi, é um prazer te receber aqui, viu!

Toshi San: O prazer é meu.

NP: Agora, eu quero que você me conte o que é shibari?

Toshi San: O shibari é uma arte oriental. A gente pode resumir dizendo que são técnicas japonesas de amarrar as pessoas.

NP: gente! E o que isso tem de sexy, de sensual e de gostoso?

Toshi San: Está dentro do contexto de BDSM, do bondage, da dominação, da submissão e do sadomasoquismo. Então, você faz imobilização para a pessoa não ter liberdade de movimento e você poder estar com ela à sua disposição.

Toshi San e a arte de amarrar

Nicole Puzzi, apresentadora do Ponrolândia

NP: E como você descobriu esta arte de amarrar as pessoas? Como é que foi?

Toshi San: Eu descobri o shibari, na verdade, vendo fotos de internet. E o interesse surgiu acho que na minha infância, quando eu via as mocinhas amarradas nos desenhos animados.

NP: Olha! Nunca pensei que alguém fosse se inspirar nos desenhos animados. Ai, safadinho!

TS: Pois é!

NP: E aí você pensou “eu quero amarrar uma mulher também”. Mas, você amarra a mulher, você suspende a mulher?

TS: Também, é possível.

NP: E como é que você faz para ter o sexo, a penetração e essas coisas?

TS: Dá para ter. Você amarra a pessoa na posição visando essas práticas.

NP: você não quer fazer para mim uma demonstração?

TS: Podemos fazer!

NP: Aí o pessoal vai aprender como é que faz isso. A gente vai ver uma demonstração gostosa!

Workshops de Toshi San sobre shibari

Nicole Puzzi, Jéssica e Toshi San

NP: E você faz workshops?

TS: Sim, a gente dá cursos visando ensinar as pessoas. E no curso as pessoas aprendem quais são os riscos, quais são as medidas de segurança para minimizar estes riscos e as técnicas de amarração propriamente ditas.

NP: E as pessoas são sérias assim como você? Porque, a gente olha para ele e pode ver o mestre oriental, você pode ver até um monge. Mas, amarrar as pessoas?

TS: O pessoal tem grande curiosidade em aprender. É um pessoal que tem interesse, que acha bonito e quer aprender a fazer a amarração de uma forma esteticamente agradável. E nas festas também. Toda vez que a gente participa de uma festa, a gente tem que fazer uma apresentação, a procura é grande. As pessoas ficam em volta, ficam vendo, tiram foto, se interessam, é bem bacana.

O prazer

Jéssica sendo amarrada por Toshi San

NP: E qual é o prazer que você sente em amarrar uma mulher ou qual o prazer que a mulher sentiria sendo amarrada?

TS: A pessoa que está amarrando, eu acho que é o prazer de você estar dominando a pessoa. Você está restringindo o movimento dela, você está prendendo, você está deixando ela à mercê de você. E para a pessoa que está sendo amarrada é o oposto. Ela está se submetendo, ela está vulnerável, ela está ficando presa, ela está ao dispor da pessoa que está amarrando. Então, eu acho que é essa troca de poder, essa transferência de poder e liberdade é que tem o grande prazer envolvido nas técnicas de imobilização e shibari.

NP: E bate?

TS: Se a pessoa permitir, sim. Se ela gostar, também tem a parte de spanking, a parte de bater.

NP: Não, a parte do spanking eu passo, porque o primeiro que me der um spanking eu dou uma espancada. Enfim, o cara pode gostar também, né.

TS: Dentro do contexto de BDSM, tem uma regrinha, digamos assim, que é o do SSC. É o são, seguro e consensual. Então, toda vez que você está em uma prática deste tipo, você está fazendo da maneira segura, usando as técnicas que são apropriadas, você está fazendo com a autorização da pessoa. Então, quando a pessoa entra em uma relação deste tipo, ela está sabendo o que vai ser feito e você fica em um estado em que está ciente, está são, seguro do que você está fazendo.

Toshi San fala sobre a excitação durante o shibari

Jéssica amarrada

NP: E você não queria mostrar a Jéssica que é a sua parceira, namorada, mulher, amante, amada. Gente, fico admirada, porque a Jéssica é muito bonita. Eu gostaria de mostrar ela. Jéssica!!! Agora, enquanto a Jéssica está chegando, me fala uma coisa, você goza quando está amarrando?

TS: É um outro tipo de prazer. Na verdade, você não tem o prazer físico, o prazer sexual. É mais uma questão de satisfação naquilo que você está fazendo. É muito mais no nível mental, no nível psicológico do que físico.

NP: Mas, não fica excitado?

TS: Sim, fica.

NP: Olha a Jéssica. Nossa, que coisa linda! Vou te falar, esta mulher deixa muito homem doido sem estar amarrada. Começa por aí, corpão, lindona, bonitona. Mas, viu, estou muito satisfeita de vocês estarem aqui.

Jéssica: Muito Obrigada!

NP: Estou muito feliz mesmo. Toshi, muito obrigada mais uma vez.

TS: O prazer é nosso.

NP: Parabéns pela Jéssica. Olha, agora a gente vai realizar o nosso fetiche que a receita gostosa na cozinha!

Cozinha ao Ponto

E este episódio termina com a receita de Sorvete de banana, preparado pela deliciosa tatuada Sweetie Bird!