Oscar Moroni no Pornolândia
Bastidores do Pornolândia com Nicole Puzzi e o empresário e psicólogo Oscar Maroni para o Canal Brasil, produção de Luzvermelha.tv

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Oscar Maroni, psicólogo e empresário. No episódio 23 da segunda temporada de Pornolândia eles conversam sobre prazer, sexualidade e poliamor. Uma conversa deliciosa que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Nicole Puzzi e Oscar Maroni no escritório da Bahamas Hotel Club
Bastidores do Pornolândia com Nicole Puzzi e o empresário e psicólogo Oscar Maroni para o Canal Brasil, produção de Luzvermelha.tv

Nicole Puzzi: Hoje eu vou conversar com um homem hedonista. Ele é dono de mais de 1700 m² de puro prazer!!! Ficou curioso? Eu também. E eu estou aqui olhando para ele, do lado dele, no escritório dele. Eu estou no escritório do Bahamas Hotel Club do Oscar Maroni. Gente, esta conversa vai dar o que falar! Mas, só daqui a pouco, depois da nossa Xgirl.

A nossa Xgirl

Xgirl Flávia Naru

E o programa começou com a maravilhosa Xgirl Flávia Naru, uma morena violinista que trouxe a música e a nudez em seu delicioso ensaio sensual.

1700 m² de puro prazer!

NP: Oscar Maroni, é um prazer estar aqui!

Oscar Maroni: O prazer é meu também. Espero fazer um papo bem quente! Vale tudo, qualquer pergunta e terás também todas as respostas.

NP: Eu quero saber dos teus negócios atuais e quero saber dessa história de mais de 1700 m² de puro prazer! O que é isso?

Oscar Maroni: Fala-se tanto em Bahamas, um estabelecimento muito polêmico. Esteve fechado durante seis anos, uma perseguição política, podemos até falar disso futuramente. E o lado saudável da nossa justiça decidiu que o Bahamas Hotel Club é uma atividade ilícita, pode até ser considerado moral ou imoral, mas valores morais não se colocam em discussão no âmbito legal. O nosso clube está aí funcionando novamente há dois anos, 20 meses, explodindo maravilhosamente bem.

Políticos e o sexo

NP: Você acha que político gosta de prostitutas, mas diz que não gosta?

OM: O político é um cidadão como qualquer outro, que gosta de sexo. Do sexo profissional, do não profissional, com prostitutas, sem prostitutas. Então, normal.

NP: Acho que todos os homens gostam. Mas, eu fico preocupada, fico meio chocada pela hipocrisia. Se eles gostam, por que querem barrar tanto assim, posar de moralista?

OM: Aí, primeiro, existe uma ignorância no Brasil com relação ao profissionalismo no sexo. A prostituição no Brasil não é e nunca foi ilegal. Existe o artigo 229, eu conheço bem este assunto. O que é ilegal é quando houver a exploração do ato sexual, vulgo o rufianismo e a exploração das mulheres. Fora isso, o sexo é bom, é saudável, é gostoso. Você, por exemplo, me apresentou como hedonista, a característica do hedonismo é uma filosofia grega que diz que o homem veio ao mundo para os prazeres, par as coisas boas da vida. E é isso que eu propago: sexo, prazeres, sensações, um papo com os amigos, um happy hour no Bahamas Club, o sexo acontecendo com amor, por amor e por dinheiro. Existe, é uma realidade, o ser humano faz e acontece.

Oscar Maroni fala sobre os direitos das mulheres

Nicole Puzzi com Oscar Maroni em seu escritório
Bastidores do Pornolândia com Nicole Puzzi e o empresário e psicólogo Oscar Maroni para o Canal Brasil, produção de Luzvermelha.tv

NP: Mas, vem cá! Por que só mulher para conversar com os homens, só mulher à disposição dos homens? Quando é que vai, as mulheres casadas ou solteiras ou divorciadas ou viúvas, vão ter um local para elas conversarem com os homens bonitos?

OM: Olha, eu concordo com você! É um lado meio preconceituoso em relação à vocês mulheres. E falso. Vocês mulheres devem ter os mesmos direitos sexuais que nós homens. Esse negócio de dizer que a mulher só tem o orgasmo porque tem o amor, ela foi preparada para isso, foi preparada pela dona de casa, a mãe dos filhos… Tem uma frase que eu gosto muito de Shakespeare que diz o seguinte: “Trate, na cama, a maior dama de Londres como se fosse a maior prostituta de Londres. E trate nas ruas de Londres, a maior prostituta de Londres como se fosse a maior dama de Londres. Com certeza terás a melhor amante da Inglaterra”.

Eu acho que vocês mulheres tem que ter os mesmo direitos nossos. Só que este valor moral está mudando. Boa parte das mulheres ainda tem este apego afetivo com relação a sexualidade. O que não é verdade, você pode sentir prazer com atração física. Existe aí o Clube das Mulheres do Foca, onde tem os rapazes que se exibem e fazem. E tem uma frequência, mas é um clube só. Eu acho que isso ainda existe uma moral em relação a vocês mulheres na sexualidade. Mas, os mesmo direitos. Vocês devem ter os mesmos direitos que os homens.

O Sexo e o Amor segundo Oscar Maroni

Nicole Puzzi no Bahamas Hotel Club
Bastidores do Pornolândia com Nicole Puzzi e o empresário e psicólogo Oscar Maroni para o Canal Brasil, produção de Luzvermelha.tv

Eu vou te dar um exemplo que é o seguinte: sexo são prazeres do físico. É uma boa picanha, é uma boa bebida, são esses prazeres mais primários do ser humano. O amor, eu diria que é uma coisa mais nobre, inventado no século XIII/XIV. Mas, o amor é uma coisa mais espiritual, é poesia, é arte, é o amor ao amigo, ao trabalho, à parceira, aos filhos, amor à profissão. Mas, sexo também é bom. Mas, o amor é melhor.

NP: Eu também acho!

OM: A comparação que eu faço entre sexo e amor: sexo com amor é melhor! Mas, só sexo com amor enjoa, vira rotina. Eu acho que o grande barato que está acontecendo hoje, com o maior respeito à livre iniciativa das pessoas e ao livre arbítrio, vocês mulheres tem os mesmos direitos que nós homens, nós homens temos os mesmos direitos que vocês, nós temos aí bissexual, mulheres que gostam de homens. Acho que nós temos que respeitar quem é diferente da gente!

Oscar Maroni e o Poliamor

NP: Eu acho que a gente tem que respeitar a sexualidade de cada um. O que você acha do poliamor? Você está me dizendo que você é uma pessoa liberal, estou vendo aqui. Você é adepto de amar várias pessoas ao mesmo tempo? Como é o poliamor para você?

OM: Fazendo uma comparação: Se você tem quatros filhos, você vai amar quatro filhos. Então, se você tem dois carros, você vai gostar dos dois carros. Se você tem dois ou três cachorrinhos, você vai gostar dos dois ou três cachorrinhos. Agora eu lhe pergunto, por que o amor tem que ser possessivo e exclusivo? Eu acho que isso acaba com o amor e mata o amor. Eu acho que o amor é uma característica individual que nós sentimos por dentro e externamos à quem a gente gostaria que fosse companheiro, amigo, amiga. Mas, sem nos sentirmos donos e sem haver possessão. Você pode amar sim, você pode sentir prazer com uma, com duas, com três. Vocês mulheres podem sentir prazer com vários homens.

Nós temos aí os clubes de swing que estão crescendo tanto, você viu isso? Curiosamente, eu estava na frente de um clube de swing esperando um pessoal, estava entrando um casal muito bonito. Eu estava esperando, vi o casal entrando e pensei como a sexualidade humana é curiosa, né. Se está na calçada é corno, se entra é liberal! É curioso isso. Eu gosto de dizer uma frase que eu brinco e eu digo, o meu tataravô disse para a minha tataravó “vamos fazer sacanagem?” e ela disse “vamo, véio” “então, acende a luz”. A grande sacanagem deles era transar com a luz do quarto.

Oscar Maroni como Imperador do Brasil

Oscar Maroni, dono do Bahamas Club
Bastidores do Pornolândia com Nicole Puzzi e o empresário e psicólogo Oscar Maroni para o Canal Brasil, produção de Luzvermelha.tv

NP: Se você fosse imperador do Brasil, quais as três principais mudanças você faria no país?

OM: Primeiro, eu reduziria os nossos impostos. O Estado é burro, incompetente e corrupto. Olha o que estão fazendo com os nossos impostos. Reduzindo estes impostos, este dinheiro ficaria mais na mão de quem produz e a distribuição seria muito mais inteligente. Está uma merda, no português claro. Precisa ser mudado, este país é meu, esta terra é minha. A minha pátria é a extensão do quintal da minha casa. Só a morte vai calar a minha boca.

Outro item: reduzir a burocracia. Este custo Brasil é um absurdo! As burrices que nós vemos, as burrices que os nossos governantes fazem, as leis absurdas, têm que ser mudadas, reduzir a burocracia. Terceiro item: reduzir o custo da máquina brasil. É difícil trabalhar no Brasil, é difícil trabalhar no Brasil. Eu quero que você que está assistindo reflita sobre o que vou falar agora. Quem é o seu maior inimigo, empresário, trabalhador? É o Estado. O Estado é o que mais atrapalha para produzirmos.

NP: Oscar, muito obrigada!

OM: Você também, eu adorei.

NP: Eu adorei falar com você, obrigadão!

OM: Eu adorei esta emissora que me permitiu falar o que eu penso e o que eu acho. Estamos aqui exercendo o direito de liberdade de expressão!

NP: E agora nós vamos para a nossa cozinha com Sweetie Bird.

Cozinha ao Ponto

E este episódio termina com a receita de Panqueca de banana, preparado pelas deliciosas tatuadas Sweetie Bird e Grazzie!