“Divã de couro” é uma produção exclusiva da Xplastic para o projeto Sexy Hot. E esse filme, dirigido por Roy LP, é para quem gosta de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo)! Sim, sim. Essa é a história de Laura, uma mulher que tem sonhos estranhos, nos quais sempre é amarrada e dominada. E é com esses sonhos que ela descobre o prazer de ser submissa.
O problema
Para dar um panorama da situação de Laura (Bárbara Alves), é preciso ressaltar os problemas sexuais que ela tem com o marido Luís (Vinny Burgos), que é algo comum dentre diversas relações heterossexuais. Luís não satisfaz a esposa, porque ele não conhece os desejos dela e, no início da narrativa, percebe-se que ele também não se preocupa muito em descobrir o que ela gosta.
É interessante essa construção de história, porque é sempre importante lembrar que as mulheres também têm desejos!!!!! Parece óbvio, mas muitas mulheres nunca conheceram o orgasmo, muitas vezes por conta dessa indiferença dos parceiros em satisfazê-las. Mas essa é uma construção social e se trata de uma questão estrutural arraigada em nossos comportamentos, portanto não vou adentrar profundamente nesse ponto.
O seu corpo pede o prazer da submissão
Para entender melhor o que seu corpo pede, Laura busca profissionais. É aí que ela conhece Isadora (Bruninha Fitness) uma dominadora que quer tudo do seu jeitinho. Nessas sessões de BDSM, Laura encontra seu prazer em ser submissa e descobre algumas formas de sentir seu tesão.
Mas não basta isso apenas! E o casamento? Para não acabar com seu relacionamento, Laura dá um ultimato e exige que Luís participe das sessões. E lá ele pode aprender como dominar sua bottom. Nesses encontros rola sempre um bom sexo cheio de brinquedinhos que auxiliam a satisfazer esse desejo, tanto da domme quanto da submissa e, também, do marido.
A narrativa
A narrativa, portanto, é construída a partir de um problema de relacionamento de um casal. Entre as cenas de sexo, são intercaladas as cenas de terapia com o sexólogo que ajuda Laura a desvendar esses sonhos estranhos. Isso faz toda a diferença na dinâmica do filme que, em seu todo, é didático, no sentido de mostrar cada passo dessa descoberta e como se proporcionar o prazer, nesse caso, o prazer da submissão.
Além disso, com as cenas intercaladas, é possível absorver melhor a narrativa crescente, o que faz com que o espectador se envolva ainda mais com todo o contexto. Cada ação de dominação e submissão pode ser sentida. E por ser uma história que envolve problemas de casamento e relações sexuais, é um filme de fácil identificação.
O fetiche e o prazer da submissão
Tenho que ressaltar também que o desejo de Laura não é tratado como algo estranho ou relacionado a um trauma, como aconteceu no longa hollywoodiano Cinquenta tons de cinza. Esse fetiche dela é mostrado como uma vontade de seu corpo, uma expressão de tesão. Acredito que esse fator naturaliza seu desejo sexual, esse prazer da submissão que ela tanto busca.
Devo dizer que é um filme que envolve, sobretudo, a imposição de vontades e desejos. Laura foi em busca do que te agrada com determinação, o que é de extrema importância. É preciso sim ter prazer em uma relação.
E não só. Cria-se uma situação de entendimento e aprendizado tanto dela, quanto de seu marido. Ele incorpora as técnicas de dominação para satisfazer sua parceira. Não posso deixar de falar da dominadora Isadora. Ela tem um papel fundamental nesse processo e, claro, supre também seus desejos de mandar na porra toda! Graças a essas sessões de submissão, Laura consegue salvar seu casamento que, antes de tudo, estava fragilizado.
A moral do filme é: o meu tesão tem a mesma importância que o seu tesão. Assim, todo mundo fica feliz!
Agora que você conhece um pouquinho da história de “Divã de Couro”, vem dar uma olhada nos bastidores dessa produção da Xplastic para o Sexy Hot.