Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Zeca Baleiro, um dos grandes nomes da música popular brasileira. No episódio 15 da quarta temporada de Pornolândia eles conversam sobre filmes e suas trilhas sonoras, sobre os projetos de Zeca Baleiro e sobre as cenas de sexo da pornochanchada. Uma conversa divertida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
Nicole Puzzi: Ele é um dos maiores nomes da MPB. Já lançou mais de 10 álbuns, ganhou discos de ouro e escreveu livros. Zeca Baleiro fala com a gente sobre seus trabalhos, cinema, suas letras e sexo. E depois, a nossa sempre sexual Xgirl encerra o programa.
A noite mais linda do mundo
Ai, Zeca! Eu adoro homem inteligente. Eu adoro músico, eu adoro quem sabe cantar, que sabe compor. Casa comigo?
Zeca Baleiro: Casar?
NP: Ah, não sei… ficar!
Zeca Baleiro: Ah, aí a gente pode conversar! Casar tá muito cedo.
NP: Tá ótimo, gente, eu aceito! Mas é casar de uma noite só.
ZB: Tipo a noite mais linda do mundo?
Paraíso Perdido e a trilha sonora
NP: E nós fizemos agora um filme muito louco chamado “Paraíso Perdido”.
ZB: Isso!
NP: Você fez a pesquisa musical da Monique Gardenberg?
ZB: Isso! Eu fiz a pesquisa musical junto com ela, porque ela também é profunda conhecedora da música brasileira. Então, ela queria…
NP: Dos anos 70 principalmente, né?
ZB: Isso. Anos 60, 70, um pouquinho ali dos 80. Esse gênero está ali no romântico popular, né, que as pessoas às vezes chamam pejorativamente de brega. Eu não gosto muito do termo. Tem uns cara incríveis como Zé Augusto, o próprio Odair, Fernando Mendes…
NP: Paulo Sérgio!
ZB: Paulo Sérgio, o Waldir, que tem por lá…
NP: Gente, Waldir Silva! Ficou incrível aquela música!
ZB: Ficou demais aquele bolero. Um clássico, né? Aí, pô, você no elenco, Erasmo Carlos, Seu Jorge, Andrade, Julia Konrad…
NP: Marjorie Estiano.
ZB: Marjorie Estiano, tem a Camila Guedes, que é uma baita atriz.
Outros filmes de Zeca Baleiro
NP: Você já fez outros filmes?
ZB: Como autor da trilha sim. Fiz uma participação especial como músico de estrada em um filme chamado “Carmo” do diretor Murilo Pasta. Mas foi só. Eu adoro cinema. Agora estou trabalhando na trilha de uma amigo que mora na França e fez um documentário. Eu gosto de brincar assim de Ennio Morriccone, me sentir autor de trilhas sabe. Então, ver a imagem casando com a música, a experiência é muito interessante para o músico.
A pornochanchada
NP: Você tem um filme que tem cena de sexo, assim, alguma cena de sexo preferida? De qualquer filme.
ZB: Não é por estar na sua presença, como diz a música do Chico Buarque “não é por estar em sua presença, meu prezado rapaz”, minha prezada moça, mas eu sou muito fã da pornochanchada.
NP: Uii!
ZB: Puxando a barra para a minha sardinha, há trilhas sonoras incríveis!
NP: Eram maravilhosas!
ZB: Trilhas incríveis de pornochanchada. E tem os filmes clássicos, né. Se fosse para escolher uma cena de sexo do cinema brasileiro, eu escolheria duas! Acho que plasticamente, além do tesão da cena, plasticamente são muito bonitos. Aparição da Sônia Braga, aparição do Vadinho, né, o José Wilker. Aquela cena é muito bonita.
NP: Sim, nossa! Muito Bonito!
As cenas de sexo preferidas de Zeca Baleiro e a cueca vermelha
ZB: E a cor da Lucélia Santos em “Bonitinha, mas ordinária” no ferro velho com seis caras todos negros e ela gritando “me come”. Só de lembrar, já estou até arrepiado!
NP: Só não tinha um cara com a cueca vermelha, porque todo filme da pornochanchada tinha um cara com a cueca vermelha.
ZB: Por quê, hein? Me explica.
NP: Não sei, era uma coisa da cor do triunfo…
ZB: Não tinha preta naquela época? Rua do triunfo? ˜rindo
NP: Tinha. Era uma coisa “Rua do triunfo”. Todo filme de pornochanchada, a pornochanchada hard mesmo, sempre tinha um cara com a cueca vermelha.
ZB: Por quê? Mulheres se excitam com cuecas vermelhas?
NP: Eu não!
ZB: Eu, se fosse mulher, não me excitaria com uma cueca vermelha.
NP: Não? Mas com calcinha vermelha você se excita?
ZB: Não, eu prefiro lilás!
Mamilos
NP: Lilás? ˜olhando o sutiã. Mas tem uma letra sua, “Bandeira”, que diz o seguinte “quero a guanabara”… é linda essa música. “quero o Rio Nilo/ quero tudo ter/ estrela, flor, estilo e tua língua em meu mamilo…
ZB: água e sal.
NP: Água e sal! Uii. É, os homens têm muito tabu com o próprio corpo? E esse mamilo é teu?
ZB: Eu não tenho tabu nenhum! Eu já estou bem resolvidinho com isso.
NP: Você gosta? Assim…
ZB: Gosto! Quem diz que não gosta está mentindo. Eu acho uma coisa muito sexy assim.
NP: Eu também acho. Olha, a gente combinou!
ZB: Eu acho mamilo sexy. Primeiro que é uma palavra linda. Então, o estilo puxou mamilo e aí já era.
Projetos musicais de Zeca Baleiro
NP: Aí, gente, esse cara está… Pera aí. Nicole ˜abanando-se. Escuta, eu queria que você falasse seus projetos, seus CDs. Não é CD mais que fala, né, é disco.
ZB: Disco vale para tudo, tanto para LP quanto para CD. Eu lancei o mais recente ‘Era domingo”. Lancei um infantil também, chamado “Zoró”, com várias participações de Fernanda Abreu, Tom Zé, Vado, muita gente bacana, Tetê Espíndola. Esstou fazendo uma canção que vai se chamar “O dia em que a Nicole Puzzi me chamou de poeta”.
NP: Te dou um beijo na boca, rapaz. Escuta: todo programa eu tenho um beijo para dar!
ZB: Eu dou!
˜se beijam˜
Meu amor, minha flor, minha menina
NP: Ah, gente, acabou o programa! Oh, fiquei até sem graça, estou vermelha. E, normalmente, no fim do programa, nós chamamos a nossa xgirl. Eu queria que você chamasse com alguma música a nossa xgirl.
ZB: Faço. Chamarei a nossa xgirl com uma música.
Zeca Baleiro chama a Nossa linda Xgirl com a música “Meu amor, minha flor, minha menina”.
A nossa Xgirl
E o programa terminou com a maravilhosa Xgirl Manu Silva, uma mulher de cabelo roxo muito gostosa e tatuada, que ficou nua em um ensaio sensual que vai mostrar seu estilo hard!