Terapia tântrica foi o assunto retratado no episódio 10 da temporada 5 de Pornolândia. Nicole Puzzi com os terapeutas Tha Rodomile e Evandro Palma sobre educação sexual, os benefícios da terapia e como ela pode ajudar nos prazeres da vida. Uma conversa prazerosa que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay .
Nicole Puzzi: As neuroses da vida contemporânea acabam, geralmente, afetando a nossa vida sexual. Hoje, a Tammy e o Evandro vão falar de como podemos nos reconciliar com nosso corpo e recuperar os prazeres perdidos da sexualidade. E depois de tanto prazer, encerramos a noite com a nossa tântrica xgirl.
Sexo e poder
“Tudo no mundo é sobre sexo, exceto o sexo. Sexo é sobre poder.” O que essa frase do Oscar Wilde tem a ver com o trabalho de vocês?
Evandro Palma: De fato, sexo é poder. Se a gente pensar que no sexo, o que rege isso, é um centro de energia, se a gente pensar nessa linguagem dos chakras, a gente tá falando do chakra básico, o muladhara. O que rege essa área é sexo, dinheiro e poder.
Tha Rodomile: Em pensar que estamos em uma sociedade que supervaloriza o poder, acho que as relações amorosas e o sexo, as relações sexuais, elas vão passando por isso, elas vão se construindo em cima disso e é importante a gente saber que a gente pode transmutar isso com um outro ponto de vista, com uma outra postura, com uma outra visão, que é a partir do tantra. É de uma cultura ocidental, que tem uma outra leitura.
As terapias
NP: Com quais terapias vocês trabalham para transmutar isso?
Tha Rodomile: Nós trabalhamos com a terapia tântrica. E dentro da terapia tântrica, a gente tem várias vertentes, várias formas de tratamento, várias técnicas, né. Cada terapeuta, com sua abordagem, sua bagagem pessoal, vai ter técnicas diferentes, né.
Eu trabalho bastante com psicoterapia corporal, então eu acrescento muito isso no meu atendimento, né. Trabalho muito com diálogo, com muitas técnicas que vêm do tantra mesmo, as técnicas de massagem, de meditação ativa. E aí é só passando pelo processo mesmo para entender como é, é muito difícil explicar isso em palavras.
NP: Quais os tipos de problemas sexuais, ou talvez doenças, que vocês tratam com esse tipo de terapia?
TR: Olha, eu costumo dizer que qualquer pessoa, independente se ela tem, se considera algum problema ou doença, ou se foi diagnosticado com alguma coisa, qualquer pessoa pode passar pelo processo de terapia tântrica, né. É um trabalho para a expansão da consciência, desenvolvimento pessoal. Mas assim, tem sim algumas coisas que a gente pode tratar, como ansiedade, depressão,disfunções sexuais.
NP: Perfeito, gostei! É interessante a gente saber que tem pessoas com problemas graves sexuais e isso pauta a vida delas levando, como você disse, à depressão. Claro, a depressão tem vários motivos, mas um dos motivos pode ser sexual, não é mesmo?
Evandro Palma: Sim, sem dúvidas. Porque a partir do momento em que você não tem uma resposta sexual, quando você não tem, no caso da mulher “ah, a mulher não tem orgasmo”, então digamos, ela vai para uma relação sexual, para uma interação e o corpo dela não responde. Vai para uma segunda e o corpo não responde. Terceira, quarta, quinta… chega um momento que simplesmente o corpo desliga. Por que eu vou querer ter uma relação com alguém se meu corpo não responde?
Além do sexo
NP: Vocês tinham algum problema… isso aqui é curiosidade pura, tá. Vocês tinham algum problema sexual que vocês resolveram depois de conhecer esse tipo de terapia?
TR: Sim.
EP: Pode falar!
TR: Sim. O Evandro que me trouxe para dentro do tantra.
EP: É sim, tô lembrando disso.
TR: Eu não diria que… eu não reconhecia que eu tinha, né. Então, eu fui reconhecer depois que eu conheci o tantra. Porque eu vi que eu tinha muito mais potencial de sentir prazer na minha vida, e não é só sexual. Complementando de novo o que o Evandro estava trazendo, quando a gente fala do sexo e da sexualidade, a gente tá falando de uma coisa muito ampla.
A gente não está falando do ato sexual em si, mas do prazer de estar vivendo, então é bem amplo mesmo. Então, eu vim perceber depois que eu conheci o tantra que eu tinha uma capacidade muito maior de ter prazer, não só no ato sexual, não só no orgástico…
NP: De ser feliz.
TR: De ser feliz, de estar vivendo como eu via a vida assim.
NP: E com mais amor, né? Menos violência, menos ódio.
TR: É verdade.
Educação sexual
NP: Me fala… não sei se vocês têm filhos, mas como vocês educam ou educariam seus filhos sexualmente?
EP: Eu tenho dois filhos, dois meninos. Eu acho que sem contar as questões mais objetivas de educação sexual, eu acho que a melhor educação é uma boa relação dentro de casa entre qual parceria seja. Então, eu tenho minha esposa e a gente tem uma relação sexual livre, a gente não tem tabus para falar a respeito de sexo. A gente não tem restrições dentro de casa sobre o assunto. O assunto é tratado de um ponto de vista do cotidiano.
TR: Eu também tenho uma filha, menina. E eu concordo completamente com o que o Evandro está trazendo sobre educação sexual. E acrescento que, eu acho, que a gente precisa conversar sobre as questões do preconceito que envolvem a sexualidade. Então, sobre homofobia, converso muito com a minha filha sobre isso, sobre as relações homoafetivas, que mulher pode casar com mulher, homem pode casar com homem.
Com isso, eu tô tentando construir na cabeça dela uma liberdade para que ela entenda também a sexualidade dela também com liberdade. Para que ela não cresça uma criança cheia de tabus, não em relação só sobre a própria sexualidade, mas como as pessoas veem a sexualidade, como isso deve ser respeitado, o sexo deve ser uma coisa respeitada, para que ela tenha também essa liberdade de…
Dica de terapêuta
NP: De assumir aquilo que ela tem para ela. Seja ela, vamos supor “ah, vou assumir que sou lésbica”, ah então ok, assume. “Ah, sou hétero”, ok, assume, mas com naturalidade, como você falou. Tem razão, com naturalidade. Agora para finalizar, que pena… Como que nós podemos encontrar vocês?
TR: Antes de passar o meu contato, eu quero falar da importância da hora de contactar, de contratar um terapeuta. Acho que é muito importante você observar as características profissionais, de formação do terapeuta, e identificar se é uma pessoa qualificada para atender a sua demanda. E aí, em um primeiro atendimento, poder avaliar se você se identificou com aquela pessoa conseguiu… tentar avaliar se aquela pessoa, se aquele terapeuta entendeu qual é a sua busca e de que forma ele pode te ajudar.
Então, antes de começar um tratamento, antes de entrar em um pagamento de um pacote, alguma coisa assim, para que você não seja lesado, tanto financeiramente, quanto emocionalmente, psiquicamente e, inclusive, fisicamente, porque principalmente com a terapia tântrica, a gente trabalha com toque no corpo, a gente trabalha com nudez, muitas vezes, nem sempre, mas muitas vezes sim, em que a pessoa vem em uma situação de vulnerabilidade buscar o nosso trabalho.
Encontre os especialistas
Então, é muito importante que nesse momento de vulnerabilidade, a pessoa esteja atenta aos sinais do terapeuta, se ele respeita seu espaço, respeita o seu corpo e se ele consegue te ouvir com o ouvido clínico, né, com ouvido atencioso.
Então, o pessoal pode me seguir no Instagram, que eu falo bastante de terapia tântrica e sexualidade lá, @tha_radomile e tem o meu whatsapp que é o (11)95056-9242, fica mais fácil o contato por lá.
EP: Eu, você pode também me achar pelo whatsapp (11)96106-7806. Pelo Instagram também @evandro.palma e também no meu canal do Youtube chamado “Se transforme”.
NP: Agora só me falta agradecer vocês. Muito obrigada!
TR: Eu que agradeço.
NP: Eu também tenho Instagram! @nicolepuzzi eu te espero lá. Mas agora eu sei o que você está esperando. Você está esperando a nossa xgirl.
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