Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Marcos Nogueira, Jornalista e escritor. No episódio 17 da segunda temporada de Pornolândia eles conversam sobre o livro “Sociedade Secreta do sexo”, que conta as histórias dos clubes de swing e orgia. Uma conversa atrevida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
NP: Ele é jornalista e se infiltrou em orgias, clube de swing e conheceu um resort onde as pessoas praticam sexo grupal. O Resort todo, será? Ele escreveu um livro “Sociedade Secreta do Sexo”. Interessante. Estou falando do jornalista Marcos Nogueria que vai conversar com a gente logo depois da nossa Xgirl libertina de hoje.
As nossas Xgirls
E o programa começou com as maravilhosas Xgirls Grazzie e Ellen, duas morenas tatuadas maravilhosas nuas em um ensaio sensual duplamente delicioso!!!
A Sociedade Secreta do Sexo
NP: Marcos Nogueira, você como jornalista, como surgiu a curiosidade de pesquisar sobre a Sociedade Secreta do Sexo?
Marcos Nogueira: Olha, eu era editor de uma revista masculina e apareceu uma notícia de que haveria uma festa de uma sociedade europeia aqui em São Paulo. E nós, por algum acaso, havia algum funcionário da editora que conhecia um dos organizadores. E nós conseguimos colocar, por meio deste contato, fui eu e uma outra editora da revista, nos fingindo de casal. Obviamente, com a anuência do organizador da festa e assistimos à festa. Narramos a experiência e foi uma reportagem que deu uma boa repercussão. Aí, quatro anos mais tarde, eu tive a oportunidade de escrever um livro e pensei que seria um assunto…
NP: Curioso…
Marcos Nogueira: Curioso e empoalgante de investigar. Então, foi a partir deste momento que eu resolvi entrar de cabeça neste universo.
Todos sempre participam de uma orgia
NP: Você e a jornalista só assistiram ou também participaram?
MN: Eu falo brincando que não tem como entrar em uma orgia sem participar, porque…. Desculpa. Porque, uma das fantasias mais comuns dentro deste tipo de festa é o exibicionismo. Então, quando vai um casal, ele gosta de fazer sexo em público, porque ele quer ser observado e em volta deles ficam os voyeures. Então, o voyeur participa da fantasia do exibicionista de alguma forma, todo mundo participa da orgia.
Como entrar na Sociedade Secreta do Sexo
NP: Agora, como você conseguiu entrar nestes círculos? Porque, neste círculos são bem restritos. Como é que você fez?
MN: Por exemplo, este grupo que organizou estas festas, desde essa que fica em São Paulo até a que aconteceu na Itália, é uma sociedade europeia que tem um processo seletivo digamos assim. A pessoa precisa mandar foto, responder um questionário. Aí eles vão avaliar se você tem determinado nível social, cultural, uma coisa elitista eu diria. Mas, como eu era jornalista, me foi dado uma senha de acesso ao lugar. Quando eu resolvi escrever o livro, eu fui no site da sociedade que eu já tinha entrado, digitei a senha que eu tinha e vi que ainda estava válida. Daí eu resolvi ir, fui em uma festa na França e outra na Itália, do mesmo grupo.
Seleção
NP: Parece que as pessoas que praticam o sexo mais livre, dá a impressão que essa liberdade é coisa de gente rica. Porque, parece que o pobre tem que acordar cedo para trabalhar, parece que o pobre não tem acesso. Eu acho que tem de uma outra maneira, mas não tem acesso a esse tipo de sociedade.
MN: A esse tipo de sociedade não, até porque as festas custam caro para entrar. A última que eu fui eram 500 euros o convite. Mas, eu imagino que as pessoas que fantasiam é uma coisa independente de classe social, tem em todos os estratos. É que esse foi o recorte que eu escolhi para retratar no meu livro. Eu fui atrás exatamente desta faixa de população que frequenta as orgias mais luxuosas e caras, mas, certamente, se você for procurar nas classes mais populares vai ter algo deste tipo.
O comportamento do brasileiro na Sociedade Secreta do Sexo
NP: Ah, tem! Com muita criatividade, deve ser muito curioso, mas tem. Agora, o comportamento do brasileiro em orgias é muito diferente do comportamento de europeus ou de pessoas de qualquer outro continente?
MN: Basicamente, os americanos, eu não sei se é por serem americanos ou se é o esquema do resort, mas é tudo meio metódico. Você ia lá, o resort tinha, como um resort de família tem às 11:30 a ginástica, eles tinham assim, às 17h todo mundo vai para a jacuzzi de sexo grupal. Então, exatamente às 17h todo mundo transava, dava 18h30 todo mundo ia embora tomar banho porque tinha o jantar às 19h. Era uma coisa muito certinha ali. Agora, entre brasileiros e europeus, o que me chamou a atenção, ao contrário do que a maioria das pessoas gosta de imaginar, o brasileiro me parece bem mais recatado do que o europeu neste particular, no comportamento sexual em público.
Enquanto nas festas da Europa, por exemplo eu fui em uma festa que eu tinha acabado de chegar, fui buscar uma bebida no bar e precisei pedir licença para um grupo de 4 pessoas que conversavam para conseguir chegar ao bar. Assim que eu peguei a minha taça, a hora que eu virei essas pessoas já estavam fazendo sexo. Eu tinha acabado de chegar na festa. No Brasil, eu fui em festas que eu chegava às 23h, que era o horário marcado, dava 2h30 e eu cansado, querendo ir embora e ia embora porque ninguém tinha feito nada, ficavam batendo papo na borda da piscina. Então, acho que brasileiro tem mais aquela coisa de precisar conversar e tal. Os europeus são mais diretos ao ponto.
Aparências
NP: O brasileiro tem que mostrar que ele é mais inteligente, que ele é o bambambam. E o brasileiro eu acho que tem mais a questão da aparência física. Eu acho que existe uma vaidade muito grande e que o europeu não tem essa vaidade.
MN: Eu acho que neste grupo em particular, eles são muito muito preocupados com a aparência física. Isso em todas as nacionalidades, europeu, americano, brasileiro. As mulheres, todas que eu vi, muito em forma. Como elas se exibem nuas em público o tempo todo, elas fazem muita ginástica, elas fazem cirurgia plástica, bronzeamento artificial.
Situações inusitadas na Sociedade Secreta do Sexo
NP: Aconteceu alguma situação, nesta tua experiência, que te assustou, te constrangeu? Enfim, o que mais te chocou nesta tua pesquisa?
MN: Uma coisa que eu percebi no Brasil, que às vezes a festa não decolava, eu acho que não era apenas pelo recato maior ou pela trava que o brasileiro pode ter. É porque também se ninguém começa a fazer… As pessoas começam a ação quando veem que alguém começou. Então, se ninguém toma a iniciativa primeiro, às vezes não acontece nada! Então, eles têm essa trupe de pessoas contratadas para fazer umas performances sexuais, aí as pessoas seguem o líder e começam a transar também.
E começa, primeiro, que tinha uma mulher que representava uma personagem que era uma condessa que bebia sangue de suas vítimas. E tinha um anão na frente dela que ficava fazendo sexo oral nela. Os convidados, incluindo eu e a minha mulher, ficávamos ao redor disso aí tudo. Primeiro que o cara ficou uns 40 minutos/1 hora ali. Eu fiquei pensando, esse sujeito deve estar com cãibra na língua neste momento, como aguenta? Daí, essa moça estava de quatro e um rapaz fica estimulando ela com a mão. Passou um tempinho, ele está com o braço inteiro dentro da mulher. Eu nunca tinha visto um fist fuck na minha vida e achei algo um tanto chocante. Eu sei que tem gente que faz e gosta, mas aquilo me pareceu… eu fiquei pensando, nossa, coitada! Não sei se ela estava gostando, mas…
NP: Impressionou a mim! Nossa, obrigada, viu!
MN: Foi ótima a conversa!
NP: Agora nós vamos ver a nossa Sweetie Bird, será que ela está aprontando alguma orgia lá com a sua companheira?
Cozinha ao Ponto
E este episódio termina com a receita de Felix, preparado pelas deliciosas tatuadas Sweetie Bird e Grazzie!