Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Pietro Luigi, cartunista. No episódio 16 da primeira temporada de Pornolândia eles conversam sobre quadrinhos, desenhos sobre mulheres peladas e sacanagem! Uma conversa sacana que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
Nicole Puzzi: Muito pervertido, gente! Mas, é um pervertido diferente, gente! Ele não tira foto, ele não faz filme pornô, mas é um tremendo de um sacana. Vocês vão conhecer esta figura, porque ele desenha. Como é que pode ter desenho com perversão? Vocês vão entrar no mundo do Pietro Luigi que é mundo do banheiro selvagem? Mas, antes de a gente entrar no banheiro selvagem, vamos ver uma selvageria com a nossa Xgirl!
A nossa Xgirl
Conheça todas as nossas Xgirls.
Pietro Luigi e seu jeito sacana
NP: Pietro Luigi, você não tem cara de sacana, não!
Pietro Luigi: Não? Pô, que bom, por um lado isso é até bom, né.
NP: É bom, né, engana os outros.
Pietro Luigi: Surpreende, não é enganar. Eu gosto mais de surpreender. A mina não dá nada pelo cara e pah. Acho isso mais interessante.
NP: E você tem esse “pow” com as mulheres?
Pietro Luigi: Ah, eu não recebi muitas queixas assim.
NP: Eu recebi muita. Sou morna para caramba, recebi muitas críticas, que horror!
PL: Ah, eu acho que eu tenho um bom desempenho.
Banheiro Selvagem
NP: E o Banheiro Selvagem? Eu vi a sua revista, fanzine, não sei como você define.
PL: É um pouco dos dois assim. Você curtiu?
NP: Eu curti! Eu me assustei um pouquinho, tem umas coisas…
PL: Pô, você? Aí, é aí que estão as surpresas. Assustar eu não gosto.
NP: Ele acha que só porque eu fiz Pornochanchada que eu não posso me assustar. Quando você vê uma coisa daquela desenhada, você fala “gente!”. Eu tô brincando, mas eu adorei!
PL: Mas isso é bom, isso é bom.
Pietro Luigi conta como tudo começou
NP: Muito bom mesmo. De onde surgiu essa ideia?
PL: Foi uma coisa meio natural, porque, lógico, eu não desenhava só mulher pelada. Eu tentei desenhar dragão, super herói e, puts, era uma coisa forçada, o resultado não ficava legal. E com a mulherada eu sempre flui, eu desenhava as outras coisas junto com elas. Então, foi uma coisa que foi rolando. Eu me lembro que eu tinha uns 13/14 anos, eu comecei a desenhar as meninas peladas e vender para o pessoal no colégio para as turmas mais jovens. Deu para ganhar uma grana.
NP: Sacana mesmo.
PL: Eu até tive uma fã. Ela comprava e o pai dela adorava.
NP: Ela comprava para mostrar para o pai?
PL: Não, o pai acabou achando e achou aquilo do caralho.
NP: Tem arte nisso tudo também. Tem sacanagem, mas assim, séerio, tem arte.
PL: E até falo assim, eu desenho as mulheres, mas não faço um quadrinho erótico ou pornográfico, eu faço quadrinho de humor na verdade. Lógico, tem as cenas, tem muita coisa explícita, mas a intenção não é um quadrinho excitante assim, tipo o do Manara, que você lê e… Não sei se você conhece e tal.
NP: Já ouvi falar, não conheço.
PL: É um quadrinho que você lê e a maioria dos marmanjos vai, sei lá, tocar uma depois. O meu eu faço para dar risada, é mais uma coisa de relacionamento e tal. Mas, tem esse lado explícito que eu acho bacana.
Inspirações para Pietro Luigi
NP: E esses desenhos que você tem das mulheres, tem muita mulher que você se inspirou, muita mulher que você deseja? Como é que é?
PL: Olha, eu tento puxar a brasa para a minha sardinha, eu tento colocar um pouco do meu gosto pessoal, que é mulher coxuda para caralho. Eu gosto muito de coxa e bunda principalmente.
NP: Ele veio falar de coxa e a minha coxinha é desse tamanho.
PL: Não, está num tamanho legal!
NP: Obrigada, obrigada!
PL: Mas, eu adoro assim, eu piro naquelas…
NP: Coxudas.
PL: Coxudas. Pê, eu vejo aquelas meninas no metrô de shortinho assim, nossa, aquilo é uma pira. Eu até fiz uma música, “Pernas na Padoca” que de vez em quando eu toco. Eu estava na padaria e entrou uma dessas…
NP: Canta um trechinho?
PL: Não, jamais. Você não vai querer. Mas, daí saiu as histórias e tal, e por aí vai. E tem essa coisa, muitas mulheres ali eu tento pegar de mulheres que eu encontro na rua, mulheres reais, não uma coisa impossível dessas de vista, que tem um puta tratamento de imagem. Eu gosto disso também, mas não é isso que… É legal à curto prazo assim.
NP: Legal. Quero ver você desenhar os homens também.
PL: Homens? É, eu desenho ali, mas eles são sempre coadjuvantes.
NP: Homens são sempre coadjuvantes, não valem nada, deixa para lá.
PL: Com certeza! A mulherada toca o terror!
A personagem mais gostosa
NP: Agora, é uma pena que a gente está terminando. Mas, eu quero saber a personagem, a mulher mais gostosa dos teus quadrinhos. Existe alguma que seja a gostosa, a estrela?
PL: Bom, é que tem dois personagens femininas. A “Miss”, mas só que ela não é gostosa, é só uma garota. Ela é uma menina interessante, ela é interessante, bem complicada. E tem a Sheila, que essa pode-se dizr que é a gostosona, porque ela tem a bunda grande, coxudona, que é mais na linha do que eu falei que eu gosto.
NP: Ordinário! Sheila já me lembrou…
PL: É. Pior que eu já ouvi uns anúncios, tem ali Sheila coma Nicole.
NP: Que Nicole?
PL: É um nome aleatório assim.
NP: Ah tá.
PL: Não tem nenhuma Sheila na minha vida também. Foi um nome que eu achei bacana para a personagem. E aí, lógico, sempre tem mulheres em outras histórias. Assim perdida, tem uma história com dinossauro que tem umas meninas, mas elas não têm nomes. Neste aspecto elas são coadjuvantes, só para enfeitar a história. Mas, a gostosona é a Sheila mesmo.
NP: Ah, gostei viu, gostei de falar com você!
PL: Pô, eu também gostei! Aliás, você quer tomar um café lá em casa?
NP: Eu não tenho coxa grossa.
PL: Mas, isso é o de menos. Mas, você tem seus méritos.
NP: tem nada, bem. Tem mérito nenhum. E falando em mérito de gostosa, nós vamos ver uma gostosona dando a quela receita para todo mundo se fartar, ficar feliz! Sweetie Bird, é com você!
Cozinha ao Ponto
E este episódio termina com a receita de Guaraná do Norte, preparado pela deliciosa tatuada Sweetie Bird!