Pai e filho na Pornografia com Nicole Puzzi

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Eduardo Azevedo e Junior, pai e filho na pornografia. No episódio 8 da terceira temporada de Pornolândia eles conversam sobre o início na pornografia, histórias engraçadas de gravações e como surgiu o site Turma do Sexo. Uma conversa divertida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Eduardo Azevedo e Junior - pai e filho na pornografia entrevistados por Nicole

Nicole Puzzi: A frase “tal pai, tal filho” nunca caiu tão bem quanto para esses dois malucos! Eles são os criadores, produzem e dirigem o site Turma do Sexo. Hoje, a nossa conversa será com o Edu Azevedo e com Junior, pai e filho na pornografia. E a Xgirl de hoje vai terminar o nosso papo deixando tudo ainda mais quente!

Quem levou quem para o mau caminho

Edu e Junior. Pai e filho. Eu nunca imaginei que eu fosse entrevistar pai e filho pornográficos! Estou adorando. Mas, quem levou quem para o mau caminho? O pai?

Junior: Ele começou!

NP: Safado!!!

Eduardo Azevedo. Bem no início, né.

NP: Aí, você falou “filho, vamos, está bom aqui”?

Eduardo Azevedo: O Junior sabia desde pequeno com o que eu trabalhava e sempre queria ir a um set de gravação.

NP: Sim, claro!

Junior: Curiosidade!

Pai e filho na pornografia

EA: E ele conhecia muitas atrizes que iam em casa. Ia fazer um churrasco em casa, elas iam, iam atores e atrizes. Então, ele já tinha muito conhecimento sobre esse meio. Ele fez aniversário de 18 anos em um sábado, no domingo a gente foi gravar e ele já foi conosco. Começou com 18 anos e um dia.

NP: Ah, legal!

JU: Aí, eu já podia.

A trajetória de Edu no pornô

NP: Ah, aí já podia, né. E a sua trajetória, Edu, como você começou nesse mundo?

EA: Eu comecei com 18 anos também.

NP: Também?

EA: Só que eu comecei na Rua Aurora, no teatro Odeon na época.

NP: Sim!

EA: Eu fazia um show, um espetáculo, uma comédia erótica que tinha sexo explícito.

NP: E você fazia sexo explícito no palco?

EA: Sim. Eu comecei como ator, eu era escada do Vitório Milani apenas na comicidade. Em um belo dia, o ator que fazia o sexo explícito pegou a mulher dele lá e foi embora e não tinha outro ator para fazer em outra sessão, porque eram 5 sessões por dia. Aí, o diretor falou “vai você”.

O vexame

Nicole Puzzi, entrevistadora do Pornolândia

NP: E aí, você entrou no palco, pelado, como é que foi?

EA: É uma historinha de escritório. Tinha a secretária que se insinuava para o officeboy e eu era o officeboy. E para mim era uma grande novidade, eu só sabia o texto dele porque eu atuava com ele como cômico e, de repente, eu passei a ser o galã. A adrenalina sobe, o coração dispara, um monte de gente ansioso para ver você atuando, ver você funcionando com uma mulher linda e maravilhosa. E o vexame foi total.

NP: O de cima subiu e o de baixo desceu!

EA: Não, sumiu! Nem desce, nem sobe.

NP: Gente!!! Broxada total…

EA: A minha primeira broxada da vida com 400 testemunhos. Ou seja, foi muito… Saí de lá com a cabeça pirada!

NP: E quando é que foi a primeira vez que subiu, porque naquela época não tinha viagra! Não era fácil.

EA: Não tinha viagra!

NP: O ator pornô tinha que ser poderoso!

EA: Tinha que ser na raça! Eu tentei e saí ovacionado…

Reviravolta

NP: Por que não tinha subido?

EA: Tomei vaia, sapatada. Alguém na plateia saiu sem sapato, porque jogaram um em mim no palco. No dia seguinte, eu voltei para pedir as contas, porque eu não ia passar um vexame desse de novo. Cheguei lá e falei ‘estou pedido minha demissão, eu não sirvo para a coisa e não dá certo”. Porque, o meu pau não funcionou, o palco me travou. O diretor pegou e falou “faz mais uma broxada e vai embora”.

NP: Dá mais uma broxada e vai embora!

EA: Dá mais uma broxada, pelo menos o pessoal vai dar risada, jogam o sapato em você…

NP: Seu filho está rindo de você!

EA: E vai embora seu tranqueira! Na cabeça, eu pensei assim “eu não tenho obrigação de ter uma ereção” e entrei. E a menina também, eu pedi para ele me ajudar e ela disse “não sou Deus para fazer milagre, ele sumiu”. Então, ela ia entrar preparada para mais um vexame e ela olhou e falou “subiu”. Eu olhei, nossa, ascende a luz, vamos! Acho que aquilo quebrou meu medo, acabou a insegurança e eu consegui relaxar e fazer.

Junior no Pornô

Camêra focando em Nicole Puzzi que entrevista pai e filho na pornografia

NP: E você, Junior? Você, jovem, como você acha que pode contribuir pra a indústria, porque é uma indústria muito marginalizada.

JU: Sim, hoje em dia é. Ah, eu acho que uma visão diferente, né, tentar fazer as pessoas enxergarem mais a arte do sexo, do pornô, que o pessoal não mistura muito hoje em dia.

NP: Junior, eu entrei no seu site e vi um rapaz de gorro, óculos escuros. Eu achei tão parecido com você.

JU: Não. Vai que eu tenho um irmão por aí perdido.

EA: Que eu saiba não!

JU: Perdido? Aí tem que ver com ele.

NP: E você, Junior, já sofreu algum preconceito quando as pessoas descobrem que você faz filme pornô, produz e dirige?

JU: Ah, já vi bastante gente falando “nossa, que estranho”, “meu, como assim, me explica direito”. Tem gente que não acredita, tem gente que fala “ah, você é safado” porque eu trabalho com isso. Então, já teve gente que eu estava conhecendo e eu falei que fazia isso aí já ficou mais estranho. Já aconteceu, até aí…

Pai e filho na pornografia – Turma do Sexo

Nicole Puzzi de vestido vermelho

NP: E a Turma do Sexo, como é que surgiu? O que é Turma do Sexo?

EA: Foi assim, eu já tinha me afastado do mundo pornô, estava em um “trabalho normal” e parece que vem uma tentação de um sócio e um compadre meu. “Olha, comprei uma câmera. Vamos gravar uma coisa? Eu conheço uma menina muito legal! Vamos fazer uma bagunça, nada programado, deixa rolar, vamos passar a câmara um para o outro e cada um grava um pouquinho”. Fizemos uma, fizemos duas e eu pensei “a gente podia montar um site”. Aí, nós começamos a gravar e a guardar. Começamos a chamar meninas, gravar e guardar esse material durante três anos. O material foi acumulando, só que no início não tinham meninas que queriam participar, porque nem cachê nós tínhamos. Então, era amiga, a dentista do meu sócio…

NP: A dentista?

EA: Sim. Uma menina que trabalhava no bairro lá. Colocávamos máscara e “Vamos gravar? Não vai mostrar seu rosto”. E gravávamos! Quando a gente viu, estávamos com um arquivo muito legal. Foi aí que convidamos Nathaly Bueno, Mônica Mattos e começamos a mesclar. A gente não queria que elas começassem a atuar como nos filmes convencionais, nós queríamos que elas fossem elas mesmas, sem direção. Tipo “faça o que quiser” e é um projeto super legal.

Histórias de gravação

NP: Você fez uma coisa que você me contou em off que eu queria que você falasse. Você não tinha o viagra no momento, o que você fez? Me conta essa história.

EA: Estávamos em uma gravação e acabou o viagra, né. Eu olhei para o produtor e acabou o viagra, o ator está querendo para poder trabalhar. Ele abriu uma bolsinha dele, pegou um comprimido qualquer…

NP: Um AS.

EA: Um AS da vida e deu para o ator. O ator olhou assim e disse “isso não é viagra”. Eu falei “é viagra tailandês, só que é muito forte, vou cortar metade e você só toma metade”. Ele tomou um dicloflenaco d vida e fez uma cena sensacional. “Você não tem um desse para me vender?”.

NP: Agora, eu quero agradecer a presença de vocês. Obrigada, pai, muito obrigada, filho. Adorei!!!

EA: Nós que agradecemos o espaço, a oportunidade.

NP: Obrigada! E agora nós vamos conhecer uma mulher maravilhosa, a nossa Xgirl.

A nossa Xgirl

Xgirl Patricia Ferraz

E o programa terminou com a maravilhosa Xgirl Patricia Ferraz, uma loira linda e gostosa, que ficou nua em um ensaio sensual que vai te enlouquecer!