Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Mayumi Sato, diretora de marketing do Sexlog. No episódio 16 da quarta temporada de Pornolândia elas conversam sobre a relação de Mayumi com o sexo e como a internet foi crucial em sua vida, além de falar sobre machismo no meio empresarial. Uma conversa divertida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
Nicole Puzzi: Ela tem carinha de menina, mas é diretora de comunicação da maior rede social para praticantes de swing e casais liberais do Brasil. Vamos conversar com a Mayumi Sato e, depois, outra linda vem fechar a noite, a nossa xgirl.
Mayumi Sato antes de entrar na indústria do sexo
Mayumi Sato, você sabe que a sua mãe é uma grande amiga minha, foi uma grande amiga minha nos anos 70/80 que nós trabalhamos juntas na tv Bandeirantes.
Mayumi Sato: Eu sei. Ela ficou super feliz que eu viria aqui hoje.
NP: Maria do Rócio, uma fofa a Maria do Róssio.
Mayumi Sato: Ela é maravilhosa!
NP: Maravilhosa! Beijo, Maria do Rócio, eu te adoro! Eu queria saber do seu trabalho. Gostaria de saber da sua relação com a indústria do sexo antes de entrar nela.
MS: Antes de fazer parte da indústria do sexo, sempre me interessei por ela, sempre estudei, quis entender como que funcionava. Fui criando alguns amigos que trabalhavam com isso, mas nunca de forma profissional. Foi por uma acaso, por esse interesse pessoal e por falar sobre isso com meus amigos, eu fui indicada para uma vaga, um freela que estava acontecendo. E acabei indo para o mercado adulto, para aindústria do sexo que é com o Sexlog.
Sexlog
NP: Sexlog?
MS: Isso.
NP: Me fale um pouco sobre o Sexlog, me fala um pouco sobre o que é Sexlog.
MS: O Sexlog é uma rede social de sexo e swing. Ela começou com os casais swingueiros, então é principalmente para casais, casai que querem experimentar coisas novas. Então, eles se inscrevem, se cadastram assim como se cadastra no Facebook, faz o seu perfil, se descreve, diz quais são suas fantasias e desejos. Coloca alguns vídeos e fotos, compartilha com as pessoas e cria um grupo de amigos para realizar essas fantasias ou só para se exibir, para olhar. Cada um escolhe como quer.
O papel da internet na vida de Mayumi Sato
NP: E a internet? Que papel a internet teve na sua vida?
MS: a internet teve um papel bem crucial na minha vida, porque, quando eu era adolescente, eu morava em Curitiba e eu não tinha muitos amigos por lá. Assim que a internet se popularizou um pouco e eu tive internet em casa, eu comecei a me relacionar com pessoas de outros estados através dela. Foi aí que eu conheci meu primeiro namorado. Depois que eu vim morar aqui em São Paulo, eu conheci muita gente pelo mIRC, anterior até às salas de papo no UOL, assim. Origem das salas de bate-papo. No mIRC que eu conheci os meus melhores amigos, os meus primeiros amorados e, enfim, dedico ao mIRC o início da minha vida sexual.
NP: Gente, eu sempre acho que não é possível ter, não é possível existir namoro pela internet. E você teve?
MS: Eu comecei, né! Pelo menos conhecia a pessoa pela internet e depois vinha para a realidade. Mas, até hoje eu uso alguns aplicativos de encontro, tipo Tinder, Happen, essas coisas assim.
Sexlog e o casal
NP: Você acha que o Sexlog ajuda a vida do casal?
MS: Ah, com certeza. Porque, geralmente, no Sexlog o público são casais a partir de 30 a 35 anos. Então, são pessoas com alguma vivência com relacionamentos e vida sexual. Geralmente, eles estão naquela fase de “a gente precisa experimentar alguma coisa para não deixar o desejo morrer”. Os casais ali são incentivados a fazerem as coisas juntos. É isso que a gente fala para eles “Façam as coisas juntos”, de forma clara, com consenso entre o casal.
as experiências
NP: Você tem algum exemplo destes casais?
MS: Tenho inúmeros exemplos. A gente, nessa última festa erótica em que a gente teve stand lá, o Sexlog vai até para conhecer os usuários ao vivo, eu conheci uma moça. Ela já era casada há mais de 20 anos, com uma filha adolescente e tudo. Ela comentou comigo que antes do Sexlog ela não tinha prazer nem em comprar lingerie, comprava ali o que tinha, não tinha essa vaidade. Quando o marido dela falava “você é linda, você é maravilhosa”, ela não se sentia desse jeito.
Eles criaram um perfil: ela colocou as fotos dela, ele colocou as fotos dele e foram muito elogiados. Aí ela começou a acreditar naquilo e compreender que ‘eu sou uma mulher normal e isso é maravilhoso, não preciso ter um corpo de revista para eu me sentir desejada”. Então, ela falou “Mayumi, eu nem saio com as pessoas. Meu objetivo no Sexlog nem é um encontro real, mas só de ter aquela interação com as pessoas, eu elogio as mulheres, elas me elogiam, a gente se assiste na live, a gente conversa ao vivo com as pessoas pela câmera”. Para eles isso já é muito excitante. Ela falou que a vida dela mudou completamente. A vida sexual dos dois deu um up e foi uma reviravolta mesmo. E isso acontece com bastante frequência.
Os planos para o Sexlog
NP: Queria saber dos planos para o futuro do Sexlog e como você se encaixa nos planos do Sexlog.
MS: Ah, claro! O Sexlog tem, é muito de explorar novas comunidades. Fora do Brasil a gente tem uma operação agora na Itália, que está indo muito bem, para internacionalizar a marca. A gente passou um tempo nos Estados Unidos, a gente vai voltar com essa operação daqui a um tempo. A nossa intenção é dominar o mundo, mas ainda tem muita coisa para fazer no Brasil também. A gente está indo para a parte de criação de mobile, aplicativos, outras funcionalidades. A gente tem muito trabalho aqui pela frente, apesar de ter 6 milhões de pessoas inscritas, a gente tem um universo bastante amplo ainda para explorar.
Eu sou diretora de comunicação do Sexlog, sou sócia também da empresa. Então, tenho muito trabalho pela frente, porque eu quero participar de tudo isso.
React
NP: Eu queria saber como é que é a sua vida, você é uma menina muito jovem, bonita e está a frente de um site que fala sobre sexo. Como que as pessoas te recebem, como é que é isso?
MS: É sempre uma surpresa, na verdade, né! Geralmente, não esperam que seja uma mulher falando disso, não esperam também que seja uma mulher que, não só esteja fazendo a comunicação, mas também tenha parte nos negócios. Eu tenho interesse em conversar sobre business. Então, quando eu trago esses assuntos à tona, as pessoas se surpreendem. Acho que, nesse meio, assim como qualquer outro, a gente tem que lidar com o machismo, né. Tem que lidar com pessoas te questionando o tempo inteiro, pessoas que querem que você prove que você é boa o suficiente para estar lá enquanto outros profissionais não sofrem tanta pressão assim.
Eu reconheço isso e acho que o que a gente tem que fazer é se preparar e enfrentar isso de peito aberto, né. Porque, muitas mulheres já enfrentaram isso antes de mim, já fizeram um trabalho maravilhoso e permitiram que eu estivesse aqui, então, eu acho que também é a minha função abrir caminho para outras mulheres nesse ramo. No Sexlog, a gente tem a intenção de cada vez mais contratar mulheres diversas, com vivências diferentes e acho que isso não vai beneficiar só a gente, mas como o mercado como um todo.
Beijinho para a mamãe da Mayumi Sato
NP: Querida, muito obrigada!
MS: Obrigada, você, Nicole, foi um prazer!
NP: Fi um prazer também. E manda um beijão para a sua mãe!
MS: Mando! Ela ficou felicíssima que eu vim aqui!
NP: Para você ver, a gente fala de sexo e manda beijo para a mamãe! Obrigada mesmo!
MS: Exato! Obrigada!
NP: Agora nós vamos ver uma mulher maravilhosa também, a nossa xgirl.
A noss Xgirl
E o programa terminou com a maravilhosa Xgirl Gleise Maciel, uma morena de 19 anos, que ficou nua em um ensaio sensual com estilo que vai provar que as novinhas arrebentam.
