Liz Vamp no pornolândia

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Liz Vamp, atriz e diretora de filmes. No episódio 21 da quinta temporada de Pornolândia elas conversam sobre a a carreira artística de Liz, o talento herdado do pai Zé do Caixão e o dia do vampiro. Uma conversa vampiresca que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Liz Vamp dando seu beijo vampiresco em Nicole Puzzi

Nicole Puzzi: Ela é uma vampira linda. Hoje vamos conversar com Liz Vamp, uma mulher inteligente, sensual, interessante e filha nosso grande Zé do Caixão. E fechamos a noite com a nossa misteriosa Xgirl.

O universo vapírico

Ô, Liz, como são os personagens, como funciona o universo vampírico hoje em dia?

Liz Vamp: Olha, Nicole, os personagens… Na ficção, os personagens dependem muito do criador do universo vampírico, né. porque tem vários universos. Tem o universo Anne Rice, Stephenie Meyer. Anne Rice é linha da entrevista com vampiros, já a Stephenie Meyer do   Crepúsculo, que todo mundo conhece. Mas existe o universo da série True Blood, que eu adoro, né, entre outros.

Agora, na realidade, as pessoas que curtem os vampiros, tem pessoa que curte simplesmente assistir e são fanáticas pelo tema. Agora, tem pessoas que gostam de ir um pouco além e sentir um pouco do que é ser um vampiro ou uma vampira, né. Então, essas pessoas, para quem conhece o universo góticos, por exemplo, poderia lembrar um pouquinho desse universo.

As pessoas tem a identidade normal, assim, durante o dia vão para o trabalho e se vestem normal. Aí, a noite, a produção é vampírica, com roupas exóticas, ir baladas onde o pessoal curta o tema. Gostam de músicas que remetam ao ser vampiro, né, e normalmente inclui sensualidade.

A sensualidade de Liz Vamp

NP: É isso que eu queria saber. Sensualidade e sexualidade… porque o vampiro, aquela imagem que a gente tem do vampiro, sempre teve uma ligação muito sexual, muito sensual. E você tem, você é muito cultuada.  Eu queria saber essa parte se é ligada também a sua vida, na cama, na hora do sexo, se existe isso.

LV: Olha, eu acho que, aquela coisa, depende.  Tem a criadora e tem a criatura. Mas eu acho que na hora do sexo, independente de criador ou criatura, eu acho que em comum acordo, as pessoas gostam, acho que vale tudo. Sugar sangue entre os vamps… pode querer sugar um sanguinho, né. Agora, a Liz Marins, não. A Liz Marins… é, talvez goste de um pescocinho, mas não para tirar sangue.  

NP: A liz Marins já é a atriz, né…

LV: É, a criadora.

NP: A criadora, né. E a Liz Vamp é o personagem. Porque você é cineasta e escritora, né, e atriz?

LV: Sim, sim.  

Nicole Puzzi em ângulo lateral com sua gargantilha prata.

O dia dos vampiros

NP: Nossa, talento. Talento é de família viu, gente! Parece que tem dia dos vampiros, é isso?

LV: Aham! Dia dos vampiros é um dia que eu criei em 2002, e virou lei na cidade de Sãp Paulo.

NP: Virou lei?

LV:É lei, virou lei na cidade de São paulo. Em 2003 virou lei. O dia do vampiro tem trêm bandeira assim, essenciais, né, tipo… mundialmente essenciais. É o dia em que eles doam sangue ao invés de sugar, é o dia do incentivo à doação de sangue; luta contra o preconceitos e discriminações de qualquer espécie e incentivo a diversidade artística, né.

Aqui em São Paulo é comemorado com um grande encontro embaixo do MASP, né. E as pessoas se reúnem para doar sangue mesmo, todos vestidos à caráter: monstros, vampiros, seres do além que vão salvar vidas. É bem bacana, a gente já chegou a bater o recorde do maior hemocentro da américa latina com essa campanha. E já foi comemorado até na Eslovênia. Conto, no próximo dia dos vampiros, com você e seu sanguinho.

NP: Vamos ver, a Nicole vai lá.

LV: É sangue bom, é sangue bom…

Zé do caixão

NP: Eu doo sangue de vez em quando. É um B, mas um B, Bzão meu sangue. Eu queria saber como foi ser filha, ser criança e ter o Mojica Marins, o Zé do Caixão, como pai.

LV: Devo dizer que na infância foi uma coisa complicada, né, porque a gente sofreu bullying para caramba.

NP: Eu imagino.

LV: Imagina que as pessoas achavam que a gente dormia em caixão, comia coisa esquisita mesmo, então foi meio complicadinho. Já na adolescência, eu aprendi a… eu aprendi a curtir essa diferença. E quem quisesse zuar com esse tipo de coisa, facilmente eu invertia a situação, né. E, sei lá, passou a ser uma coisa bem bacana, até porque, muita gente não sabe, mas minha mãe também era da área de teatro. Minha mãe é falecida, faleceu muito jovem. Minha mãe de teatro, meu pai de cinema, né. Eu tive dois grandes ensinamentos, dois grandes professores artista.

Eu escrevo para o meu pai “Ghost Rider” desde a minha pré-adolescência. Então, assim, às vezes ele tinha trabalho para caramba, para caramba. Então, eu e meu irmão mais velho, ele pedia para a gente ajudar em alguma coisa. Era um desafio para mim, até ´para o papai ter orgulho do que eu estava fazendo. E até uma disputa com o meu irmão mais velho, porque ele era o homem, o mais velho, e eu.. tá, enfim, né.   

Nicole Puzzi com seu vestido tomara que caia de coreo preto e sapatos vermelhos fazendo carão.

Liz Vamp e o cinema

NP: A sua atuação no cinema.

LV: Ah, olha, eu comecei no cinema ainda criança, né. E, realmente, participando de obras do meu pai. Daí, na adolescência, já criei asas próprias e fui fazer outros trabalhos, já fui apresentadora de televisão e tal, e outras coisas. Mas, assim, em 2001 eu criei a Liz Vamp e aí as minhas atuações não foram mais só como atriz. Aí.. na verdade, em 2006 eu me assumi cineasta.

Agora, para ser clara, eu já dirigia antes do que isso.  Aí vem o estigma. Eu dirigi meu pai em várias coisas, mas eu não assinava a direção. Porque assim, eu só poderia assinar uma direção, sendo filha de quem eu sou, quando eu estivesse muito segura do trabalho que eu estava fazendo, né. Independente se houvesse críticas ou elogios. Então em 2006 eu me senti segura para isso e me assumi cineasta. Mas assim, eu já tinha uma bagagem, não só como atriz, mas também como diretora, só não assinava.

NP: Já tinha feito um grande estágio.

LV: Sm, imagina… só não assinava. Em 2006 eu passei a assinar também como diretora. Então eu comecei a fazer filmes que eu dirigia e atuava. Foi bem bacana.

Encontre Liz Vamp

NP: Liz, como as pessoas fazem para te encontrar?

LV: Bom, tem o site… o site do dia dos vampiros, as pessoas podem me encontrar nas redes sociais, né.  O site é www.diadosvampiros.com.br e lá tem eu no Facebook, Instagram e outras redes assim.  Se as pessoas querem me encontrar por lá, fica fácil. Se quiser o email também é [email protected].

NP: Tá certo, Liz, muito obrigada! Adorei esse nosso papo vampiresco.                  

LV: Obrigada você, Nicole, sucessão. Cada vez mais, se é que é possível. É isso, foi um prazerzasso estar aqui e você está lindíssima.

NP: Ah, você também, danada! Agora prepare o pescoço para a mordida da nossa xgirl.

A nossa Xgirl

Xgirl Ana Voz de cabelos azuis amarrada com os joelhos junto ao rosto, totalmente nua.

E o programa terminou com a delicada xgirl Ana Voz, a garota do cabelo colorido, que ficou nua em um ensaio sensual que vai mostrar que o azul é a cor mais quente.