Javier Falcon no Pornolândia

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Javier Falcon, produtor e diretor de filmes pornográficos. No episódio 6 da quarta temporada de Pornolândia eles conversam sobre as gravações em uma van que circula pela cidade, o recrutamento de convidados e o sucesso dos filmes na internet. Uma conversa divertida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Nicole Puzzi entrevista Javier Falcon

De onde veio a ideia

Nicole Puzzi: Imagine uma van cheia de gente transando e rodando pela cidade! É sobre isso que o Javier vai falar logo mais. E depois, para delírio coletivo, anossa Xgirl vem se exibir sem nenhuma roupa e sem nenhum pudor!

Garotas na van? Javier, de onde você tirou essa ideia?

Javier Falcon: Essa ideia, acho que foi em 2000, tinha um site americano que chamava “gang bang”. Acho que era isso. Era um sucesso aqui no Brasil. O pessoal assistia, dava risada, mas não entendia, porque era tudo em inglês e tal. Aí eu vi esse conteúdo e falei “vamos fazer isso aqui no Brasil, acho que tem muita chance de dar certo”. Na verdade, começou como “sexo na van”. Eu peguei dois amigos, que não eram atores pornôs, a gente alugou uma van e nós gravamos de teste. A primeira garota que a gente gravou, não era nem atriz, e pô, deu certo. A gente decidiu fazer a segunda série de filmes e engatou. Quando foi para a internet, foi sucesso imediatamente.

Aí o “sexo na van” deslanchou e a gente pensou em fazer a versão feminina. Porque a versão masculina do sexo na van são quatro atores, três que fazem sexo. E eu fazia um personagem que era uma maneira de dirigir o filme dentro do filme. Eu coloquei uma peruca, porque eu não queria aparecer, eu não tirava a roupa. Então, eu coloquei uma peruca e dei um jeito de dirigir o filme dentro do filme. O “garotas na van” são três atrizes e um convidado. Então a gente fez a versão feminina da história, a partir do sucesso de “sexo na van”. E foi sucesso do mesmo jeito.

Mas dá pra ver de fora, Javier Falcon?

NP: E o pessoal que passava do lado, o pessoal de fora, não via o que vocês lá dentro fazendo sexo?

Javier Falcon: Não! Na verdade, essa van tem todos os cuidados. Essa van é toda filmada e a câmera faz a leitura da parte externa, né, mas quem está de fora não vê nada. Tem até situação que a gente para no farol, o motoqueiro fica parado do lado do vidro, do lado da van, e ele está aqui parado olhando para frente e a gente até brinca. As meninas ficam balançando o seio na janela, põem a bunda na janela assim. A gente não corre o risco de ninguém ver de fora.

Recrutamento

NP: Gente que loucura é essa! E esses homens que não são atores, vocês selecionam como?

JF: A gente tem um canal no site que é contato@garotosdavan e o euquero@garotasdavan. Lá tem meninos de fora do Brasil, nós já recebemos. O meninos querendo vir para conhecer as meninas, para participar da van. Uma vez eu estava vindo para a produtora, nossa produtora era aqui perto do Aeroporto de Congonhas, aí estou chegando, estacionando o carro e tem um cara abraçado com a van. Aí o cara virou de costas, encostou na van, tinha um amigo dele fotografando. Aí o cara falou “Não, bicho, eu…”.

Ele era atendente, ele trabalhava na parte de atendimento de uma operadora de celular, de telefone. E ele veio participar da van, ele pediu dispenso de manhã para participar da van. E o cara estava lá, meu… Eu achei engraçado, eu achei esquisito, eu estacionando o carro eu fiquei vendo aquela cena do cara abraçando a van, encostado e tal. Eu consigo visualizar como se fosse hoje!

Nicole Puzzi de vestido rosa com um ombro só

Dirigindo o filme dentro do filme

NP: Daqui a pouco ele fazia amor com a van, né! Não precisava nem de menina! E você fica lá só filmando? Não ficava pelado, nem excitado?

JF: Não! No “sexo da van” eu participava…

NP: Fazia sexo, não?

JF: Não, nunca fiz. Eu acho que eu sou o único ator pornô do mundo, que se pode chamar de ator pornô porque participa da cena, né, que eu nunca tirei a roupa, nunca transei com nenhuma menina nas gravações e nem depois das gravações.

NP: Olha o medo da mulher, isso é medo da mulher! “Não, nunca transei”. Quando é assim é porque morre de medo da mulher!

Tiradores de sarro

JF: Nunca fiz nenhuma cena. E era uma maneira de dirigir, de ter controle da cena, do que estava acontecendo, de instruir o ator “faz isso, faz aquilo”, a atriz “agora vai por aqui, vamos fazer tal coisa”. Estando dentro da cena. No “garotas da van” eu já assumi como diretor mesmo, então, às vezes, elas até pedem alguma instrução. Mas a gente já está com uma turma que sabe exatamente…

NP: Já está experiente na van.

JF: Exatamente. Como faz a cena, por onde levar a situação. Nós tínhamos um problema grande de que o “sexo na van”, eu consegui reunir uma turma que eram bons tiradores de sarro. Então, eram caras cômicos e a gente transformava as situações muito cômicas. Além do sexo, você tinha que ver o filme ouvindo o filme. Não era aquela situação que você vai no motel e fica vendo uma cena de sexo lá e você aqui. Eu tenho um monte de relatos, mas um monte de relatos de que o cara para para ver o filme porque é engraçado. Os caras falam muita bobagem, a gente se diverte. Eu instruo o participante para ele chegar primeiro na menina que ele tiver mais afinidade.

Nicole Puzzi Pornolândia

Cachê

NP: As meninas ganham, recebem?

JF: Sim, e os atores também!

NP: Ah, os atores também. Os atores…

JF: Os convidados também!

NP: Magina, você tinha que cobrar deles.

JF: Eu deveria, mas a gente paga o cachê para eles, para as meninas.

Exibicionismo para Javier Falcon

NP: Agora, você não acha que tem muita pessoa comum, pessoas comuns, querendo mostrar que fazem sexo?

JF: Sim! Hoje com os celulares, principalmente com os celulares…

NP: Não estou dizendo sobre aquelas coisas abusivas que colocam no ar sem autorização, isso dá cadeia! Estou dizendo que tem muitos casais que gostariam de aparecer.

JF: Sim, sim. As pessoas estão se descobrindo, isso é minha opinião, cada vez mais voyeures e exibicionistas. Tem muita gente exibicionista. Tem muita gente que está aparecendo, que quer aparecer.

NP: É! E tem muita gente que fala mal de quem faz filme pornográfico, mas aí está louco para fazer, né.

JF: Pois é, as pessoas falam mal do pornográfico, mas acabam se expondo. Aí, depois, vem com aquela história de “aí, mas eu não queria…”. Não queria, não tivesse gravado. “Ah, não era para sair do meu celular”, mas… É uma coisa meio maluca!

Nicole Puzzi com seu vestido rosa fazendo pose

Encontre Javier Falcon

NP: Não dá mais para fingir ingenuidade, né. “Ah, não queria que saísse”, mas aceitou no celular, né. E como faz para te encontrar?

JF: Todos os sites têm os emails.

NP: É só colocar garotas da van…

JF: É, vai ter um email que vai chegar na gente. O sexo amador, os vídeos amadores. Todos sos sites chegam na gente e a gente recebe e vê todos os emails. O garotas na van tem, eu estava te falando, tem 600/700 emails por mês. Eu abro todos.

NP: Sério?

JF: Todos, todos, eu abro todos. Eu tenho um produtor, eu passo para ele, a gente dá uma criada e acaba trazendo alguns convidados. São poucos, porque são quatro captações por mês. Mas, a gente acaba escolhendo, esse produtor faz uma seleção, ele bate um papo, ele recebe essa pessoa antes, vê o perfil, explica tudo que vai acontecer, como vai ser pós. E tem gente que desiste, fala “pô, eu não achei que fosse assim” e tem gente que fala “vamo aí, que eu quero”.

NP: Muito legal! Gostei muito de falar com você, viu!

JF: Você também. Muito legal ter essa oportunidade de falar do nosso mercado, falar um pouquinho da história da Infinity.

NP: O profissionalismo também do mercado pornográfico, né?

JF: Sim, sim!

NP: Muito obrigada, Javier!

JF: Obrigada, você!

NP: E agora vamos dar uma espiadinha básica na nossa xgirl!

A nossa Xgirl

Xgirl Camila Correia

E o programa terminou com a maravilhosa Xgirl Camila Correia, uma morena tatuada muito gostosa, que ficou nua em um ensaio sensual para combinar com esse corpo cheio de curvas.