Trocamos uma idéia com a Banda Diva Muffin.
De onde vocês são?
São Paulo, SP.
Quando e como surgiu a banda?
A banda surgiu em 2006. Tínhamos uma banda de metal industrial e eu e o baterista decidimos montar o Diva Muffin.
De onde vem o nome?
Esse é o nome de batismo da filha do Frank Zappa. Ela mudou substraiu o Muffin, pois a palavra é uma forma de se referir a vagina (em bom português, a buceta)
Quem são os integrantes? Quantas formações a banda ja teve?
Hoje os integrantes são eu, Droeee (programações, teclados, voz e guitarra) e MD (vocal). No início, a banda era eu e o H. Pucci (baterista), depois viramos um trio, com o Davi Roque, depois voltamos a uma dupla. O H. Pucci saiu no final de 2011, pois estavamos com problemas de agenda. Fiquei um tempo sozinho, recentemente a MD se juntou ao Diva Muffin.
Que bandas/musicas cada integrante curte?
É difícil falar isso. Meu gosto varia muito no decorrer do tempo. Hoje em dia ando ouvindo muito Shawn Lee, XXYYXX, Zardonic, Bassnectar e o Ghost. Um não tem nada a ver com o outro, não gosto de “estilos musicais”, eu vou mais atrás dos artistas do que dos estilos.
Como é fazer música hj em relação a dinheiro, divulgação e suporte da cena independente?
É bem mais fácil do que dez anos atrás, com certeza. Estamos vivendo a adolescência da internet como meio de divulgação. As ferramentas estão todas aí. O grande segredo de hoje é não ser invasivo, mas trabalhar constantemente. Dinheiro se tornou mais viável, os equipamentos se tornaram mais baratos e vejo surgir uma cultura de ir até o artista underground. Muita coisa mudou nesses últimos tempos.
Quais seus 3 desejos para melhorar a cena independente no Brasil?
Casas com infra-estrutura e equipamentos apropriados. Transporte público 24 horas para a molecada ir e vir. Mais respeito dos donos das casas aos músicos.
Qual o papel da internet no trabalho de vocês?
Nosso trabalho é 100% na internet. Não acredito mais em produzir CDs. Eu não ouço CDs.
Qual o papel dos vídeo clipes no trabalho de vocês?
Adoro vídeos. É uma forma de alguém mostrar um outro lado do seu trabalho. Adoro releituras do meu trabalho.
Onde podemos encontrar suas musicas?
Cite dois momentos inesquecivelmente em shows, um bom e um ruim.
Um momento bom foi a Virada Cultural 2010. Lembro que chegamos quando o Paralamas deixava o palco. Eles tinham uma equipe gigante, banda enorme, caminhões de equipamentos. E nós chegamos em quatro pessoas, com um porta-mala pela metade com nossas coisas.
Um momento ruim foi quando tocamos em Itacaré, numa balada improvisada, voltando do Universo Paralelo. Quando fomos tocar, os BPMs do DJ que tocou antes da gente estavam muito mais acelerados do que a média de nossas músicas. A galera não quis desacelerar. Fomos vaiados. Mas eu tomei isso como uma lição da maior importância.
Música e pornografia combinam? Por que?
Sim. A música pode dar um toque fundamental a uma cena. Ou ela pode estragar tudo.