Dommenique Luxo no Pornolândia
Pornolândia

Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Dommenique Luxor, dominatrix. No episódio 5 da primeira temporada de Pornolândia elas conversam sobre fetiches, dominação e sobre negócios. Uma conversa arrebatadora que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.

Dommenique Luxor, dominadora profissional
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Nicole Puzzi: Ah, gente! Eu estou me sentindo realmente muito poderosa, dominadora, gostosa! Tudo isso foi obra da Dommenique Luxor, com quem a gente vai conversar. A Dommenique é uma dominadora profissional, loira, linda, deliciosa! Vocês vão gostar! Mas, antes, vamos ver o ensaio da garota Xplastic da noite!

A nossa Xgirl

Xgirl Mayanna Rodrigues

E o programa começou com a maravilhosa Xgirl Mayanna Rodrigues, uma ruiva de corpo tatuado que ficou nua em um ensaio com boas doses fetichistas!

Como dominar um submisso

NP: Dommenique, na vida da gente a gente sempre acaba conhecendo um homem que parece mais submisso do que os outros, não é?

Dommenique Luxor: Sim!

NP: E esses homens, às vezes, a gente quer testar se realmente eles são submissos. Mas, vai chegar fazendo alguma coisa pode assustar.

Dommenique Luxor: Pode!

NP: Como é que a gente faz? O que é que você aconselha?

Domme: Eu aconselho o seguinte: se tu já conseguiu identificar este homem mais submisso, quer dizer que você já tem um lado mais dominadora. Senão, tu não vai identificar uma pessoa diferente de ti, que está oposta, que é uma coisa que ele não precisa te falar. Mas, tu sacar que ele é submisso e tomar a posição de poder com segurança.

Dommenique Luxor e o trabalho de dominação

NP: No seu trabalho, o que é mais difícil: fazer uma sessão de dominação ou administrar o seu negócio? Deve ser bem grande o seu negócio, né?

Domme: Na verdade, ele é não bem grande no sentido de volume. Ele é grande, porque dá muito trabalho mesmo.Porque, é uma coisa muito nova no Brasil. E mesmo que eu passe para as pessoas que eu faço aquilo apenas por prazer, também tem que ter um método de trabalho, um método de divulgação, tenho que pensar qual é o meu público. E também, transformar uma coisa que é subjetiva, pessoal, que é como eu me relaciono com os homens na intimidade, transformar a minha intimidade em um negócio.

É tu tentar dar um certo método e conseguir transformar em algo profissional. Isso precisa de um clique para não se transformar nem em uma coisa pessoal a ponto do rapaz ou o homem que está na sessão se sentir invadido na vida pessoal. E nem tão fria, porque eu também tenho que passar o lado que eu estou gostando, que faz parte da minha vida.

NP: Precisa de psicologia mesmo!

Domme: Muito, muito! O que precede qualquer tipo de dominação em qualquer esfera, é a dominação psicológica.

Dommenique Luxor ensina mulheres a serem dominadoras

Nicole `Puzzi e Dommenique Luxor
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NP: Mas, te mulheres que querem ser dominadoras e não conseguem. Você ajuda essas mulheres?

Domme: Uma mulher que quer se aventurar nisso, ela precisa saber que isso existe, que isso é legal e tem que ter, principalmente, cumplicidade com o parceiro. Para ela se sentir segura, para ela saber que ele vai reclamar, ele vai tentar jogar nesta relação de poder, mas ela tem que estar segura naquela situação.

NP: Dizem que quem é dominador no dia a dia, às vezes, é submisso no sexo. Ou o homem que é submisso é submisso o tempo todo. O que diz a sua experiência?

Domme: Eu acho que isso é um clichê social de que ele é de uma forma na sociedade e na intimidade ele vai ser o oposto. Eu acho que as pessoas estão mais abertas a vários polos de experimentação sensorial, até porque a dominação não é só o sexo dominante. É a relação mesmo, tu inverter um pouco o poder e conseguir fazer algum tipo de experiência em que a pessoa não tenha muito controle. E tu vai, digamos assim, dominar a dinâmica do relacionamento ali em quatro paredes. E a pessoa se sente segura.

O maior mito sobre o trabalho de Dommenique Luxor

NP: qual é o maior mito ou tabu que existe sobre o seu trabalho?

Domme: Em relação ao meu trabalho? Isso é uma coisa muito engraçada! Ainda acham que eu faço o meu trabalho só por diversão, que é só por putaria. Claro que eu faço algo que tu gosta, porque eu gosto. Mas, não tem só a diversão, tem um lado profissional. Então, isso permeia mesmo passando anos, a sociedade está mais moderna, mas é sempre neste sentido. Ah, ela faz um trabalho muito fácil, é muito simples, qualquer um faria isso. Essa é uma mulher de vida fácil.

Existe uma prática na dominação chamada humilhação. É humilhar a pessoa que está contigo para se colocar em uma posição de poder um pouco acima dela. Esse é um tipo de prática que, particularmente, eu não gosto. Porque, quando eu estou fazendo na dinâmica do meu trabalho, eu não preciso rebaixar uma outra pessoa para me colocar em um lugar de poder um pouco acima do dela. Eu utilizo de determinadas ferramentas também, porque eu não nasci dominadora. Eu preciso de determinadas ferramentas, como você está usando uma roupa, eu uso outra roupa para entrar em um personagem e me sentir à vontade para dominar uma pessoa que eu não conheço.

A roupa, o clima e a dominação

Nicole Puzzi com roupa de dominadora
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NP: Dommenique, eu vou te confessar uma coisa, você trouxe esse vestido e a hora que eu coloquei e que me olhei no espelho, eu me senti poderosa, dominadora assim, sabe. Nenhuma agressividade, nada, mas uma dominadora gostosa e poderosa. Para falar a verdade, eu senti até um, como é que vou dizer, um pouco de tesão. Nossa, que delícia, sabe. Eu queria que meu namorado estivesse aqui agora aquela coisa. Você lida também com as roupas para a pessoa entrar neste clima de sedução, clima gostoso que o sexo pode proporcionar.

Domme: Sim, inclusive porque a gente está acostumada, como tu falou, a se olhar no espelho todos os dias com uma determinada identidade. E muitas vezes quando tu quer fazer uma sessão de dominação, tu quer ter uma relação de maior dominação e não está, por exemplo, tranquila para fazer aquilo como tu está se sentindo, uma roupa, uma maquiagem, você colocar um vestido deste é icônico, é um símbolo de dominação.

NP: É, eu estou me sentindo poderosa mesmo. Olha, eu adorei você! Eu quero muito que você volte!

Domme: Volto sempre, porque eu sou muito a tua fã!

NP: Ah, obrigada! E agora eu virei a tua fã! Nossa, hoje transpirando sexo a gente agradece a presença da Dommenique Luxor.

Domme: Eu que agradeço!

NP: E nós vamos agora para a nossa cozinheira cheia de fetiches, a Sweetie Bird!

Cozinha ao Ponto

E este episódio termina com a receita de Tomate Recheado, preparado pela deliciosa tatuada Sweetie Bird!