Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Nalini N., atriz e escritora. No episódio 2 da segunda temporada de Pornolândia elas conversam sobre as orgias, casamento aberto e sobre o livro de Nalini. Uma conversa divertida que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
Nicole Puzzi: Ela é escritora, casada e frequenta orgias! Ela vai contar tudo para a gente hoje! Mas, antes de contar, ela vai mostrar alguma coisa aí para vocês! A nossa Xgirl de hoje é a Nalini Narayan.
A nossa Xgirl
E o programa começou com a maravilhosa Xgirl Nalini, uma morena maravilhosa que revela sua excitação! Ela ficou nua em um ensaio sensual intimista delicioso de acompanhar!
Nalini na Orgia
Nicole Puzzi: Nalini, você é muito bonita, mulher!
Nalini Narayan: Obrigada Nicole, você também! Você é maravilhosa!!!
NP: Você, me disseram e eu sei, que você gosta de orgia e seu marido não gosta! Como é que é isso? Me conta essa história.
NN: Sim, é verdade.
NP: Como é que vocês agem com isso? Como é que fica?
NN: Porque, eu não sei, para um homem nem tudo são flores. O cara vai para uma orgia e acha… É uma exposição também e nem todo homem curte esta exposição.
NP: E seu marido não gosta?
NN: Não, ele não curte. A não ser que seja uma coisa muito particular, só com mulheres, aí para ele tudo bem. Eu acho que a presença de outros homens não…
NP: Ele não está a fim de ver né?
NN: É, não. Eu acho que é uma intimidade que ele não quer ter.
NP: Eu acho você corajosa. Você vem aqui e fala naturalmente. Ah, e você escreveu um livro!
NN: Aventuras sexuais de Nalini N., que sou eu.
As aventuras Sexuais de Nalini
NP: Aí você fala sobre as orgias, você conta uma porção de histórias e, assim, é autobiográfico?
NN: Sim, é a minha vida aqui em São Paulo e todas as aventuras que eu vivi, não só as sexuais. Eu coloquei todo tipo de aventura, né. Mas, é claro, o foco é o sexo e tem muito sexo. E está chocando muitas pessoas, porque tem sexo grupal, coisa que as pessoas não naturalizam e para mim é natural. Eu vejo como algo natural, tenho uma ascendência indiana, então na alta cultura védica não é uma…
NP: Não era uma sacanagem.
NN: Não, não era. Era bonito, era espiritual e legal, entendeu? Mas, eu acho que você tem que estar bem, você não pode ter nenhum traço de moralismo, porque senão é uma violência, né.
Pelos
NP: Você pode não gostar ou seu marido pode não gostar. Eu não faço, porque eu não gosto, eu sou ciumenta para caramba, se eu vejo um… Nossa! Eu vi umas fotos suas que você está peludinha, igual as mulheres dos anos 70. Na época da Pornochanchada, a gente era bem peludinha, inclusive perna. Eu nunca tive pelo na virilha, mas muitas mulheres que tinham pelo na virilha elas clareavam. E como é que foi essa repercussão, porque hoje em dia parece que os rapazes, os jovens não sabem que a mulher tem pelo, todo mundo ali rapadinha.
NN: Então, a gente quis fazer essa homenagem a essa época que foi uma época linda do nosso cinema e que foi muito criticada. Eu acho assim, musas como você e tantas outras me inspiraram, que me formaram como mulher. Então, eu achei relevante fazer esta homenagem. E também eu não sei, não sou do tipo que curte uma coisa muito pelada.
Sexo lésbico com Nalini
NP: E sexo com outra mulher? Rola?
NN: Olha, rola sim! Mas, assim, hoje em dia eu não tenho interesse nesta parte. Mas, eu iniciei a minha vida [sexual] na homossexualidade.
NP: Sério?
NN: Sim, com uma amiga. E assim, depois eu fiquei muito tempo e foi super legal, foi como uma descoberta. Isso para mim, né. aí depois que eu transei com homens, desculpa, mas eu vou ter que falar isso, mas eu achei muito melhor. Porque, eu acho que tem uma coisa a mais. Eu achei difícil colar velcro, achei meio complicado essa coisa de transar com mulher. Eu consegui, mas foi uma coisa exaustiva. Então, assim, eu não quero fazer esforço kkkkkkkkkk E a coisa sensível, só do sexo oral eu acho pouco, sabe? Eu prefiro o orgasmo pela penetração.
NP: Você conhece os dois lados, eu conheço, por enquanto, um lado só.
NN: E sexo com homens gays eu também gosto.
NP: Ah, não, eu tenho ciúmes. Eu prefiro não saber se é gay, porque eu morro de ciúmes e aí fico achando que ele está me comparando com outro homem. Ah, meu deus, Nicole como você é complicada!
NN: Pior ser comparada com outra mulher!
Relacionamento aberto
NP: Ah, bem, mas eu prefiro não pensar! Eu não transo com ex namorado de amiga minha, porque eu fico pensando “ela botou a boca e eu não vou botar a boca onde ela botou”. Juro, juro. Ah, gente, só falo bobagem. Essa menina me despertou umas coisas… Agora, que fazer uma pergunta bem pessoal. Assim, quando seu marido vê, sabe que você transou com outras pessoas, porque ele sabe que você transa com outras pessoas e você também sabe que ele transa com outras pessoas, isso aproxima vocês de alguma maneira? Como é que é isso, como funciona isso no casamento?
NN: Sim, sim. Isso aproxima, é um combustível, assim. É muita sedução, é muito tesão, então isso gera uma continuidade. Porque, também não tem esse peso de uma traição.
NP: Legal isso!
NN: Tem um humor nisso. Não sei se você consegue imaginar esta situação, mas é instigante, é gostoso, entendeu?
NP: Eu sou completamente o oposto. Eu sinto o peso da traição muito forte e o oposto para mim é o que você vivencia. Muito interessante isso!
NN: É claro que todo mundo tem segredos em certa medida, acho difícil não ter. Tem sempre uma parte nossa que ão está exposta, mas eu procuro me expor bastante.
O processo criativo de Nalini
NP: Eu acho que a gente tem que viver da maneira que gosta, da maneira que se sente feliz. E sobre seu livro, como é a criação de um livro erótico? Você tem uma inspiração, sai escrevendo ou tem uma pesquisa no isolamento? Como é que você cria uma história que fala sobre sexo? Você vai lá pensa em fazer um sexo assim, faz e depois vê como coloca no livro?
NN: Teve muito de ter a experiência, mas eu não me pautei tanto na experiência, porque tem uma criação, tem a minha sensação particular, daquilo que eu acho bonito e que, de repente eu viajo um pouco mais. De repente não foi tão poético assim no momento, né. Então, tem isso. Agora, tem muito de isolamento, de ficar muitas horas sozinha. Esse livro deu muito trabalho, eu fiquei anos escrevendo este livro. Então assim, não foi um livro tão natural, estou até querendo buscar uma criação mais natural. Porque eu tive um fluxo e depois comecei a trabalhar a linguagem mesmo.
NP: Sabe uma coisa que eu gosto aqui no nosso programa? A gente recebe pessoas falando de sexo, mas pessoas inteligente como você!
NN: Obrigada!
NP: Não é uma coisa assim “Ah, eu gosto de trepar”. Não é isso, são pessoas bem resolvidas como você. Você é muito bem resolvida. Eu sou bem resolvida na minha complicadíssima vida de mal resolvida, mas sou bem resolvida nisso. E o seu livro, onde a gente encontra?
NN: Está à venda na livraria cultura e já está entre os livros recomendados!
Próximos livros
NP: Olha!!! Já está pensando em um próximo?
NN: Já! Já estou escrevendo um ensaio filosófico, porque eu sou formada também em filosofia.
NP: Estou falando gente, essa mulher é inteligente!
NN: Sou atriz també. Então, assim, estou escrevendo um de ficção também, mas acho que esse demora um pouquinho mais. Mas, os leitores já estão ansiosos, perguntando e querendo novas aventuras.
NP: Ah, gente amei! Gostei muito de você aqui no programa!
NN: Muito obrigada! Eu que te agradeço, amei! Já estava amando…
NP: Daqui a pouco a gente sai se beijando, pode deixar! Obrigada, mesmo!
E agora a gente vai para uma orgia de prazeres na cozinha da Sweetie Bird!
Cozinha ao Ponto
E o programa termina com a saborosa receita de Pizza de Beringela, preparada pelas deliciosas tatuadas Sweetie Bird e Grazzie.
