Neste episódio Nicole Puzzi entrevista Mel Fire, massagista tântrica e modelo. No episódio 13 da terceira temporada de Pornolândia elas conversam sobre BDSM, massagens exóticas e mercado pornográfico. Uma conversa deliciosa que você poderá ler na transcrição a seguir, ou assistir diretamente no Canal Brasil na Globoplay.
Nicole Puzzi: Ela é especialista em uma abordagem diferente do tantra. Uma vertente mais física e erótica. Estou falando da Mel Fire, uma ruiva com olhos verdes e um sorriso tentador que vai deixar vocês malucos. E para terminar o nosso papo quente, temos uma garota ousada e atrevida, a xgirl de hoje.
Massagem exótica
Mel Fire, repete!
Mel Fire: Mel Fire, está certo.
NP: Ui, delícia, né? Mel fogo, você já vê um mel fervendo, que coisa gostosa! Agora me fala uma coisa, Mel, por que um tantra mais corporal e menos espiritual?
Mel Fire: Porque nem todo mundo está procurando a parte espiritual, né. As pessoas gostam de sentir, elas querem sentir primeiro para entender o que é. Não adianta você vir com uma filosofia enorme, que a pessoa vai esquecer na segunda linha. Só sentindo que ela vai entender.
NP: Buscando o prazer mesmo, né.
Mel Fire: É, totalmente!
NP: Isso está me excitando!!! Aí, gente, me desculpa, mas está. Você recebe críticas por isso, por ter um tantra sensual?
MF: Não crítica. Eu não bato de frente com a linha do tantra mais tradicional. Então, não é bem crítica, eu não me misturo. Eu faço duas coisas separadas.
NP: O seu tantra é o corporal…
MF: É. Tanto que eu não uso muito o nome tantra. Eu uso massagem exótica, porque ela usa elementos que no tantra não existem.
As práticas do tantra sensual
NP: Ah, então me conta tudo. Quais são as principais práticas deste tantra sensual?
MF: Então, por exemplo, cada uma tem uma face diferente. Existe uma corpo a corpo, que é muito procurada. Ela segue a linha da massagem tântrica, que são toques mais sutis, um pouco mais intensos, só que eu também uso o meu corpo para massagear a pessoa. É bem legal, gente, é bem gostoso.
NP: Deve ser bom.
MF: Nessa mesma linha, existe uma massagem que é feita com uma vela, chama Candle. A parafina dela vira um óleo de massagem. Essa é bem gostosa também. Essa é mais densa, né, fica um óleo grosso. É bem legal.
NP: O que mais você usa? As mãos, claro…
MF: É, tem uma com a venda, com os olhos vendados. Parece que é bobagem, mas olha, é gostoso!
NP: Direciona tudo para o tato, né.
MF: Exatamente. Tem gente que não consegue relaxar na sessão, aí fica com os olhos ~ela arregala os olhos~ aí eu coloco a venda e a pessoa se perde inteira. Mas, é isso que tem que ser. Aí, tem algumas outras, tipo, com as mãos atadas, que é para uma pessoa que gosta de uma coisa mais totalmente entregue, mais submissa.
Carreira internacional de Mel Fire
NP: Gente, olha que coisa mais gostosa! Agora, me fala um pouco da sua experiência fora do Brasil. Você tem uma carreira fora do Brasil e o tantra está presente também? Ou massagem exótica?
MF: Não, com certeza! Está sempre presente comigo, porque lá fora eu tenho o Tantra Secrets que é serviço da massagem exótica e eu levo comigo aonde eu for. Então, eu viajo a trabalho com os shows e levo a massagem junto. Então, em vários países ela está presente e agora no Brasil também. Eu estou fazendo a mesma coisa aqui. Esse conjunto de massagens exóticas começou lá fora, estourou, as pessoas adoram. Porque, sempre tem essa pegada espiritual e tem gente que não, eu quero uma coisa corporal, quer deitar lá por uma hora e esquecer da vida e depois ir embora. Tem gente que não está pronta para ouvir, é muita coisa, é muita carga para você entender.
NP: Imagino. Você mora em Milão, né?
MF: Moro. Hoje em dia moro, mas eu vivo viajando.
NP: Você frequenta uma premiação da indústria pornográfica nos Estados Unidos?
MF: Sim. Em janeiro sempre acontece o AVN, que é a maior premiação do mercado adulto do mundo. Eu vou lá todo ano, é uma delícia.
As diferenças do mercado pornô nacional e internacional
NP: E qual a diferença que você nota, já que você é brasileira, na indústria pornográfica, ou a indústria adulta, do exterior e a indústria adulta do Brasil?
MF: É difícil comparar, porque o deles está muito mais avançado que o nosso. Eles são os pioneiros, praticamente, né. Tem muita coisa lá que não é feita aqui. Aqui ainda existe um tabu em relação à indústria adulta.
NP: Exatamente. Todo mundo quer fazer. Quer fazer para ele, mas com os outros “nossa, que horror que ela faz”. Não é isso?
MF: Demais. Se você vir os eventos da indústria adulta aqui são desse tamanho, tem gente que não quer aparecer. Lá, são no mínimo 600 atores e atrizes que vão em quatro dias.
NP: Nossa, aqui são quantos, hein?
MF: Uns 30. Se tiver.
NP: Se tiver coragem de ir né. Porque é muito discriminado.
MF: E lá é tudo bem livre assim. Você conversa com eles, você tira foto, você vai nas festas e bebe cerveja com eles. É normal, uma pessoa normal conversando com você. Aqui o pessoal sai de perto.
Fetiches de Mel Fire
NP: Agora, você é super fetichista, não é? E, gente, estou virando especialista em BDSM. Você é sub ou você é dominante?
MF: Eu sou switcher, que na verdade significa os dois lados. Eu gosto dos dois. Assim, à trabalho, muito domme. Porque, as pessoas olham para a minha cara e acham que eu gosto bater nas pessoas, que eu sou dominadora. Eu também gosto.
NP: Gosta de bater nas pessoas?
MF: Gosto. Adoro, é tão legal!
NP: Gostoso! Eu gosto de bater em homem. Pá!
MF: Eu adoro torturar as pessoas. Mas, não só isso, eu gosto do outro lado também. Então, um pouco dos dois.
NP: Você é livre para tudo, né?
MF: Eu gosto de experimentar! Eu não sabia que gostava até experimentar, né.
Trajetória de Mel Fire no mercado adulto
NP: Sim! E agora, me fala um pouquinho da sua trajetória no mercado adulto e para onde você pretende ir? Porque, você já foi para o mundo inteiro.
MF: A trajetória começou faz, acho que uns seis anos atrás.
NP: Só? E de repente foi para o mundo todo?
MF: É, não faz muito tempo. Mas, foi indo em uma escadinha, foi indo aos poucos. Comecei como dançarina, depois fui experimentando as coisas, como stripper. Depois, eu fui inventar de fazer câmera, depois fui querer fazer filme. Então, eu não mergulhei, eu fui indo de pouquinho em pouquinho. E estou adorando. É o que eu estava te falando do sub e do domme. Eu adoro experimentar coisas novas, então tudo que vier eu experimento. às vezes não dá muito certo, mas…
NP: teve alguma vez que não deu certo que você pode falar?
MF:Assim, eu não lembro de uma situação específica, mas de coisas que eu vejo que eu não gosto muito ou de coisas que eu falo “nossa, que legal. Eu não sabia que era tão legal.”. Como, eu acho, com a experiência de sub e de domme. Eu sempre fazia a parte dominante, nunca estava do outro lado. Até que um dia, me contrataram para fazer uma submissa e eu “será?”. Mas, foi muito bom, muito bom. Adorei.
NP: Eu não sou submissa. Quero dizer, também não experimentei. Mas, também não estou com muita coragem de experimentar.
MF: Sempre tem uma primeira vez.
Encontre Mel Fire
NP: Sempre tem uma primeira vez. Agora, onde a gente pode encontrar você?
MF: Em todas as redes sociais praticamente, com o mesmo nome “Mel Fire”. E para quem quer conhecer um pouco mais da massagem tem o Tantra Secrets. O site oficial é o tantrasecretsexoticmassage.com.
NP: Querida, adorei!
MF: Gostou? Tem que experimentar.
NP: Vamos repetir?
MF: Vamos. Repetir mais fisicamente!
NP: Agora nós vamos assistir a nossa xgirl.
A nossa Xgirl
E o programa terminou com a maravilhosa Xgirl Tuanny Guerra, uma morena linda e gostosa, que ficou nua em um ensaio que ressalta a sensualidade de um corpo tatuado.